Como aliados de Tarcísio veem popularidade do governador
Em onze meses de mandato, aliados avaliam que imagem do governador se sobrepõe a do governo

O governador de São Paulo luta por uma marca para a sua gestão até o fim de seu mandato. Até agora, nenhum grande projeto foi entregue pelo governo. No entanto, pesquisas internas da administração estadual mostram a gestão comandada por Tarcísio de Freitas com altos índices de popularidade, em torno de 70%.
O plano de privatizações é uma bandeira que o governador não deve abrir mão, custe o que custar. A principal promessa de campanha é a concessão da Sabesp. Mesmo após três greves contra o leilão da Companhia de Saneamento e Esgoto do estado e inúmeros transtornos causados à população, Tarcísio reafirmou que vai manter a proposta.
O projeto, inclusive, deve ser votado na semana que vem na Alesp com boas chances de ser aprovado. Seria o primeiro triunfo do governador nesse primeiro ano de mandato.
Mas muito antes disso, a população do Estado já deu altos índices de aprovação a Tarcísio. A avaliação entre integrantes do governo e da prefeitura também é de que os eleitores gostam da figura do ex-ministro de Bolsonaro, mais do que a gestão em si.
A imagem do atual chefe do executivo se sobrepõe à do governo. Segundo aliados, o jeito firme, postura mais técnica e até a sua história de vida contribuíram pra isso. Carioca, o governador teve formação militar e foi chefe da Companhia de Engenharia do Brasil na missão de paz da ONU no Haiti, entre 2005 e 2006.
Além disso, acreditam interlocutores, a rapidez na resposta à tragédia causada pelas chuvas históricas, no começo do ano, em São Sebastião, que deixou 64 mortos e várias vias interditadas e pessoas ilhadas, também contribuiu para a construção de uma boa imagem.
Isso, aliado a conquista de, pelo menos, parte do seu pacote de privatizações, possa ser uma importante arma, com perdão do trocadilho, para a conquista de eleitorado até 2026. Seja para o governo estadual ou, quem sabe, federal. Tarcísio diz que pretende disputar à reeleição em São Paulo. Mas tudo pode depender do seu tamanho político até lá.