Marcela Rahal

Por Marcela Rahal

Jornalista, já atuou em diversos veículos como repórter, editora e âncora de telejornais. Sempre cobrindo hardnews, nas editorias de política, economia e cidades. Blog de informação e análise do cenário político nacional.

Política

A leitura do Itamaraty sobre a fala de Trump em relação a Lula

O presidente americano disse que marcou um encontro com o petista para a semana que vem e citou ‘excelente química’ entre os dois

Por Marcela Rahal SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 23 set 2025, 19h04 - Publicado em 23 set 2025, 13h41

Continua após publicidade

A fala inesperada do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre Lula surpreendeu até integrantes do governo brasileiro. O americano deu a declaração no fim de seu discurso durante a Assembleia Geral da ONU, que acontece nesta terça-feira, 23, em Nova York, e disse que os dois marcaram de se encontrar na semana que vem.

+ Conversa entre Lula e Trump será por vídeo ou telefone, diz Mauro Vieira

“Estava andando e o líder do Brasil também estava andando. Ele me olhou, eu o olhei, e nos abraçamos”, disse. “Concordamos que vamos nos encontrar na próxima semana, não tivemos muito tempo para falar. Algo como 20 segundos. Mas conversamos e concordamos em nos encontrar”, afirmando que os dois tiveram uma “química excelente”, o que é “um bom sinal”. Apesar disso, o republicano alertou que “o Brasil está indo mal” e que só irá melhorar se trabalhar com os Estados Unidos.

No Itamaraty, a avaliação é de que ainda é cedo, mas que o ‘feedback do encontro deles foi positivo’. No entanto, ponderou um diplomata ouvido pela coluna, ‘precisa ter muita calma nessa hora’. Se de fato acontecer, essa vai ser primeira conversa direta entre os líderes depois do tarifaço de 50% imposto pelos EUA a produtos brasileiros.

Em seu discurso de abertura, o presidente Lula deu um recado duro ao governo Trump, sem citar diretamente, de defesa da soberania e democracia brasileira. ‘Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis’.