Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Zema sofre dupla derrota em projeto sobre dívida na Assembleia de Minas

Sessões para votar proposta do governador foram adiadas por falta de quórum; presidente da Casa diz que 'está claro, nítido e óbvio' que ninguém quer votar

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 16 jul 2024, 09h50 - Publicado em 15 jul 2024, 20h38

O governador Romeu Zema (Novo) foi duplamente derrotado nesta segunda-feira, 15, em sua tentativa de aprovar na Assembleia Legislativa a adesão do estado de Minas Geraia ao Regime de Recuperação Fiscal (RFF) para a renegociação da dívida com a União. Por duas vezes, a sessão para a análise da matéria foi adiada por falta de votos suficientes para ser aprovada. 

Zema fez uma nova tentativa de aprovar o RRF de Minas como uma forma de “seguro” caso o Supremo Tribunal Federal negue o pedido de adiamento do prazo para a retomada da cobrança da amortização da dívida. A solicitação foi feita ao relator do caso no STF, ministro Edson Fachin, depois que a Advocacia-Geral da União (AGU) se posicionou pela execução da dívida a partir do prazo estipulado, 20 de julho. 

A dívida de Minas está em torno de 165 bilhões de reais. Caso seja executada, o estado terá de desembolsar de imediato cerca de 6 bilhões de reais. O governador já declarou que, se isso acontecer, vai provocar um “colapso financeiro” nas contas, e o estado seria obrigado a atrasar o pagamento de salário de servidores, por exemplo.

O RRF é um conjunto de regras que o governo do estado deve cumprir por nove anos para garantir condições mais brandas de amortização da dívida. Para entrar em vigor, precisa passar pelo crivo da Assembleia. Um dos pré-requisitos é a aprovação de um Projeto de Lei Complementar que institui um teto de gastos no Executivo estadual. 

A proposta, enviada por Zema à ALMG ainda em 2019, no entanto, enfrenta forte resistência dos parlamentares, inclusive da base aliada, por prever medidas que desagradam aos servidores, entre elas a previsão de apenas dois reajustes de salários em nove anos, limitados à inflação. 

Continua após a publicidade

A tramitação da proposta de adesão ao RRF foi suspensa no final do ano passado, após anúncio da proposta alternativa negociada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com o governo federal. O projeto de lei de autoria do senador mineiro foi proposto na semana passada.

Ao STF, o governo Zema argumentou que o Congresso analisa o projeto de lei que prevê condições mais brandas aos estados devedores, e que a estimativa é que a matéria seja aprovada e sancionada até o final de agosto. E pede a suspensão da cobrança até esta data. Se for concedido, será o terceiro adiamento somente este ano.

Zema e Fachin chegaram a conversar numa reunião feita por videoconferência nesta segunda-feira. Em seguida, o ministro pediu para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o caso em 48 horas. 

Continua após a publicidade

Em paralelo, Zema orientou sua base a colocar em votação o RRF nesta segunda-feira. A iniciativa foi criticada por deputados da base e até pelo vice-governador Mateus Simões (Novo), que considerou uma “esquizofrenia política”. O argumento é que não faria sentido aprovar o RRF enquanto estão sendo discutidas regras mais brandas aos estados devedores no Congresso. 

Sessão foi adiada por falta de quórum

A primeira sessão, pela manhã, foi adiada para s 18h por falta de quórum. Na segunda apreciação, os deputados aprovaram apenas em primeiro turno o PL que autoriza o governo a aderir ao RRF. Em seguida, a sessão foi suspensa. As duas sessões foram marcadas por intensos protestos de servidores nas galerias do plenário.

“Está claro, nítido e óbvio que nenhum dos 77 deputados, inclusive eu, gostaríamos de votar esse projeto no dia de hoje”, afirmou o presidente da ALMG, deputado Tadeu Martins Leite (MDB). “Desde o ano passado, quando entendemos que esse projeto aumentaria a dívida de Minas, fizemos todos os movimentos possíveis para tentarmos um novo caminho, que vem se avizinhando e sendo construído pelo Congresso Nacional”, disse. 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.