‘Zambelli está bem e em segurança na Itália’, diz Paulo Figueiredo

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está na Itália, segundo afirmou o youtuber bolsonarista Paulo Figueiredo na rede social X nesta quinta-feira, 5. “A deputada Carla Zambelli já está bem e em segurança na Itália”, afirmou. VEJA tenta confirmar a informação com a assessoria de imprensa da parlamentar, mas, até o momento, ainda não teve retorno.

Figueiredo é próximo a Zambelli não só por serem bolsonaristas, mas ele mesmo já afirmou que recebeu apoio da deputada no passado, quando teve perfis de redes sociais bloqueados pelo Judiciário brasileiro. Ele também afirmou no X, na quarta-feira, 4, que ofereceu os serviços de sua empresa de imigração para a parlamentar: “Se for pedido [asilo], será concedido”.

Zambelli teria deixado o Brasil há cerca de duas semanas, segundo informou em entrevista na última terça-feira, 3. Inicialmente, ela disse que saiu do país por uma questão de saúde, mas, rapidamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que ela estava fugindo da condenação que recebeu da Corte a dez anos de prisão.

“Viajo com passaporte italiano, nunca escondi isso”, disse Zambelli em entrevista ao canal de Figueiredo no YouTube. A deputada, que pediu ajuda financeira de seus apoiadores recentemente, antes de anunciar a saída do Brasil, disse que ficará com o recurso e que vai “rodar a Itália” para fazer denúncias contra a Justiça brasileira. “Não só ficar na Itália. Quero rodar pela Itália, porque já fui para Portugal, Espanha e França (…). Quero continuar a fazer denúncias, só que agora da Europa”, afirmou a parlamentar.

No entanto, o deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, já teria apresentado um ofício ao governo da Itália, solicitando medidas urgentes para impedir que Zambelli tenha refúgio no país.

Carla Zambelli foi condenada a dez anos de prisão por causa da empreitada contra o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para a qual contratou o hacker Walter Delgatti — que pegou uma pena um pouco menor, de oito anos e três meses. Além do cárcere, a deputada também perderia o seu mandato e teria de pagar multas e indenizações milionárias, segundo a decisão do STF. A votação da Suprema Corte foi unânime para condená-la.

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