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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Tarcísio segue modelo de Doria e cria comitê contra dengue

Avanço de casos leva governo a anunciar ações de combate e monitoramento ao Aedes aegypit

Por Adriana Ferraz Atualizado em 9 Maio 2024, 10h37 - Publicado em 6 fev 2024, 11h41

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta terça, 6, a criação de um comitê de acompanhamento e controle da dengue no estado. Com o governador fora do país – ele cumpre agenda na Europa com possíveis investidores -, coube ao vice, Felicio Ramuth (PSD), divulgar o plano de ações de combate ao Aedes aegypit, mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya, e também a criação do Centro de Operação de Emergências (COE) de São Paulo, que reunirá oito secretarias.

A iniciativa segue modelo utilizado por João Doria em relação à covid-19. Em 2020, assim que o primeiro caso da doença foi confirmado em São Paulo, o então governador anunciou a criação do Centro de Contingência do Coronavírus, que seguiu ativo até o final de seu mandato, marcando posição contrária à política adotada pela gestão Jair Bolsonaro. Desta vez, a doença é outra, não existe epidemia, mas os dados preocupam.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil bateu recorde de mortes por dengue em 2023. Foram 1.079 mortes pela doença até 27 de dezembro, quando foi divulgado o último balanço. Na série histórica, o registro superou o ano anterior, com 1.053 óbitos. O governo federal prometeu investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses ao longo deste ano com medidas de prevenção e capacitação de agentes.

Recentemente, a ministra Nísia Trindade anunciou a compra de cerca de 14 milhões de doses da primeira vacina contra a dengue aprovada pela Anvisa. A expectativa é que o SUS aplique 5 milhões de doses do imunizante do laboratório japonês Takeda em 2024 e 9 milhões em 2025.

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A vacina contra a dengue, aliás, virou mais um elemento na guerra de narrativas entre apoiadores do presidente Lula e de Bolsonaro. Depois de demorar para adquirir vacinas contra o coronavírus, representantes e aliados do ex-presidente criticam a gestão atual pela baixa quantidade de doses anunciadas.

Neste aspecto, Tarcísio, que foi ministro de Infraestrutura de Bolsonaro, tem uma carta na manga. O Instituto Butantan, órgão estadual, espera submeter seu imunizante contra a dengue ainda neste semestre à Anvisa. Se aprovada, a vacina estadual poderá compor o SUS a partir de 2025. Doria tentou o mesmo com a Butanvac (vacina contra o coronavírus), mas sem sucesso. A pesquisa ainda segue sem data para terminar.

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