SP: o que disse à polícia homem que confessou matar e esquartejar criança
Conhecido da família, vizinho de 46 anos admite ter atraído menino para mata sob pretexto de fazer um piquenique

Novos detalhes sobre o depoimento de Luis Fernando Silla de Almeida, de 46 anos, que confessou ter matado e esquartejado o vizinho Mateus Bernardo Valim, de 10 anos, foram divulgados pela Polícia Civil de São Paulo nesta sexta-feira, 20. O crime ocorreu em Assis, no interior paulista, na semana passada.
Preso na última terça-feira, 17, Luis Fernando admitiu ter atraído Mateus para a região de mata onde o corpo foi encontrado desmembrado dentro de uma lagoa, sob a justificativa de fazer um piquenique. Próximo à família da criança, o assassino disse que frequentava regularmente o local com a vítima e familiares para nadar — a área fica a cerca de 1 quilômetro da rua onde moravam, no bairro da Vila Central.
À polícia, o criminoso relatou que houve um “desentendimento” com Mateus e ambos começaram a atirar pedras um no outro, até que a criança foi atingida e morreu no local. Ao perceber que o menino estava sem vida, ele voltou para casa e buscou uma serra para desmembrar o corpo e ocultá-lo no lago. A vítima só foi encontrada seis dias após a morte — Luis Fernando foi inicialmente chamado a depor como testemunha e liberado, mas foi preso em casa após policiais detectarem “contradições” na versão do assassino.
Corpo de Mateus estava a quatro minutos de casa
O desaparecimento de Mateus foi registrado na quarta-feira da semana passada, 11, depois que o menino saiu de casa pela manhã para pedalar e não retornou. Após seis dias de buscas, incluindo o uso de helicópteros e cães farejadores, o corpo foi encontrado esquartejado no lago.
Posteriormente, a investigação teve acesso a uma câmera de segurança que registrou Mateus pela última vez, pedalando sozinho e vestindo as mesmas roupas que usava quando saiu. A câmera, situada na mesma rua onde o menino morava, fica a cerca de quatro minutos de bicicleta da área onde a vítima foi localizada.
Assassino planejou aproximação e disse que “vozes” incitaram o crime
Segundo as investigações, Luis Fernando se aproximou da família de Mateus já com intenções de abordá-lo. Para isso, aproveitou a paixão do menino por pedalar e o recebeu diversas vezes em sua casa para consertar bicicletas, atividade que também praticava com outras crianças do bairro.
A polícia afirma que, ao confessar o assassinato, ele relatou que ouvia “vozes” que o incitaram a cometer o homicídio. “O que ele contou foi que sentia inveja da felicidade das crianças, algo assim, e essas vozes levaram ele a fazer esse ato aí bárbaro”, declarou o delegado responsável pelo caso, Tiago Bergamo.