SP: o ‘chumbo trocado’ entre Boulos e Tabata por filiados para a eleição
Candidato do PSOL participa de filiações de dois nomes que vieram do PSB da adversária, enquanto a deputada atrai militante do MTST, berço político do rival
O pré-candidato à prefeitura de São Paulo, deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), participou nesta sexta-feira, 5, da cerimônia de filiação ao PSOL de mais um nome oriundo do PSB, partido de sua adversária no pleito deste ano, a deputada federal Tabata Amaral. Esta sexta-feira, 5, é o último dia da janela partidária — prazo que os pré-candidatos têm para se filiarem se quiserem concorrer nas eleições municipais.
O novo filiado ao PSOL é Leonardo Grandini, ex-comentarista da Jovem Pan. Na quarta-feira, 3, Boulos havia participado da cerimônia de filiação do ativista social Edinho Santana, fundador do Instituto Vida São Paulo. Os dois são pré-candidatos a vereador em São Paulo. Grandini chegou a lançar uma pré-candidatura pelo PSB em fevereiro, mas mudou de lado.
Além dos dois novos filiados desta semana, em março o vereador paulistano Adriano Santos também deixou o PSB, mas para ir para o PT, em cerimônia que também teve a participação de Boulos, que estará aliado ao petismo na eleição paulistana.
Segundo Boulos, essas movimentações decorrem de uma “identificação com o projeto do PSOL”. No entanto, nas duas campanhas há uma espécie de “chumbo trocado” de filiações. Em março, a vereadora Jussara Basso deixou o PSOL para se filiar ao PSB. Basso, que esteve presente no lançamento da pré-candidatura a prefeita de Tabata, foi integrante do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-teto), berço político de Boulos.
Crise de energia
Nas agendas desta sexta, o prefeitável do PSOL defendeu o rompimento do contrato de concessão com a Enel. A crise no fornecimento de energia em São Paulo, diante das sucessivas interrupções no abastecimento, atingiu outro patamar devido à abertura de um processo administrativo na Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) no começo desta semana. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o procedimento será conduzido com o “maior rigor” — ele chegou a falar em cancelar o contrato de concessão com a Enel.