Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Sete em cada dez mulheres temem sofrer assédio no Carnaval, diz pesquisa

Estudo do Instituto Locomotiva revela que metade do público feminino já foi alvo de importunação durante as festividades

Por Bruno Caniato Atualizado em 9 Maio 2024, 10h36 - Publicado em 7 fev 2024, 09h34

Apesar do clima típico de alegria e diversão do Carnaval no Brasil, a folia também é marcada por uma sensação generalizada de medo e insegurança para o público feminino. Metade das mulheres relata já ter sofrido assédio sexual durante as festas e 73% temem passar por essa situação, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva em parceria com o Question Pro divulgada na última terça-feira, 6.

Os dados jogam luz sobre uma prática lamentável que, embora rechaçada por boa parte da população, continua a ocorrer sistematicamente nos blocos de rua por todo o país. Oito em cada dez entrevistados pelo levantamento discordam da ideia de que é aceitável para um homem “roubar” um beijo de uma mulher se ela estiver bêbada e usando pouca roupa, enquanto 10% concordam total ou parcialmente com essa visão – outros 15% acreditam que vestir fantasias curtas durante a festa é um sinal claro de que a mulher quer beijar alguém.

Mais além, o estudo revela que o problema do assédio é ainda pior entre as mulheres negras. Neste grupo, o medo da importunação sobe para 75% das entrevistadas e o número de vítimas chega a 52% – para esta parcela da população, 65% discordam que o Carnaval hoje é mais seguro e que existe menos assédio do que no passado.

“Mesmo com importantes campanhas contra o assédio nos últimos anos, as mulheres ainda se sentem vulneráveis durante o carnaval”, afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva. “Já passou da hora de rompermos com a ideia de que a roupa que a mulher está usando ou o consumo de bebida alcoólica justificam o assédio. A responsabilidade é de todos nós”, acrescenta.

Campanhas de conscientização

Segundo o levantamento, 97% das mulheres brasileiras acreditam que é fundamental a realização de campanhas contra o assédio no Carnaval, tanto pelo poder público quando por entidades privadas e organizações de defesa dos direitos. Em algumas das principais capitais onde ocorre a folia de rua, as autoridades vêm se movimentando para combater a prática da importunação sexual de mulheres, incluindo também o enfrentamento a casos de homofobia e racismo.

Continua após a publicidade

Em São Paulo, a prefeitura instalou tendas pela cidade nos locais de maior movimentação para atender vítimas de assédio e discriminação, orientando às pessoas afetadas sobre como proceder e denunciar os autores. A iniciativa também foi movida pela prefeitura de Salvador, que colocou centros de atendimento psicossocial às mulheres nas ruas e mobilizou equipes de segurança para facilitar a fiscalização e punição aos infratores.

Já no Rio de Janeiro, o governo estadual lançou uma campanha que consiste em espalhar mensagens de conscientização pelas cidades onde ocorre o Carnaval e orientar estabelecimentos sobre regras de iluminação em estacionamentos e banheiros, treinamento das forças de segurança para lidar com casos de assédio e divulgação de canais de ajuda dedicados às mulheres que se sentirem ameaçadas durante a folia.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.