Maquiavel

Por José Benedito da Silva

A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Brasil

‘Se eu for candidato, é para ganhar’, diz Lula sobre eleição em 2026

Em podcast, petista diz não se preocupar com rivais, citando Tarcísio, Caiado, Ratinho e Zema; 'Quem quiser ganhar de mim vai ter que andar mais do que eu'

Por Bruno Caniato SEGUIR SEGUINDO 19 jun 2025, 11h31

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao podcast 'Mano a Mano', apresentado pelo rapper Mano Brown (Spotify/Reprodução)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que pode ser candidato à reeleição no ano que vem “para ganhar as eleições”. A fala ocorreu durante entrevista do petista ao podcast Mano a Mano, apresentado pelo rapper Mano Brown, em episódio publicado nesta quinta-feira, 19.

Questionado sobre possíveis rivais da oposição na corrida presidencial de 2026, Lula afirmou que “a extrema direita está procurando adversário”, citando diversos governadores alinhados ao bolsonarismo, mas disse que não se preocupa com o cenário. “Eu vejo todo dia os nomes do Tarcísio, do Ratinho, do Caiado, do Zema… Não tem nenhum problema, podem procurar o candidato que eles quiserem. Se eu for candidato, é pra ganhar as eleições”, declarou o presidente.

Os políticos mencionados por Lula são os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); do Paraná, Ratinho Junior (PSD); de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, os quatro nomes são cotados para herdar o eleitorado bolsonarista — dado que o ex-mandatário encontra-se inelegível por condenação da Justiça Eleitoral — e frequentemente marcam presença nos trios elétricos, ao lado do capitão, em manifestações de apoiadores da direita.

Minimizando os riscos do avanço da oposição bolsonarista, o petista afirma que os rivais precisam “fazer mais” para vencer o pleito do ano que vem. “Quem quiser ganhar de mim vai ter que andar mais do que eu na rua, fazer mais discurso, conversar mais com o povo e fazer mais do que eu, e eu duvido que tenha alguém que seja capaz disso entre os que estão aí”, disse Lula. O presidente acrescentou: “Se depender do meu esforço físico e da minha consciência política, a extrema direita não volta a governar este país”.

Em mais de duas horas de entrevista, Lula comentou uma série de programas do governo federal, atribuiu “algumas dificuldades” à falta de maioria do PT no Congresso e reforçou a necessidade de uma comunicação mais eficiente do Planalto para demonstrar resultados. “O PIB da indústria cresceu, o emprego cresceu, mas isso não está chegando à população”, afirmou.