Sargento da PM mata a mulher e tenta assassinar a filha em Santos
Inquéritos abertos pelas polícias Militar e Civil vão apurar o crime e a conduta de policiais que atenderam à ocorrência

A Polícia Civil em Santos (SP) investiga as circunstâncias que levaram um sargento da Polícia Militar a matar a mulher a tiros nesta quinta-feira, 8, em uma clinica médica da cidade do litoral paulista. De acordo com informações preliminares, Samir Carvalho invadiu o local e atirou contra a vítima. A filha do casal também foi atingida, mas foi socorrida para a Santa Casa local. O caso ocorreu no bairro Marapé, na região da Vila Belmiro, e o autor foi preso em flagrante. Não se sabe ainda a motivação do crime.
A Polícia Militar também abriu uma investigação para apurar a conduta de policiais que foram chamados para atender ocorrência. O inquérito interno irá apurar se os servidores públicos foram enganados ou não atuaram de maneira a impedir Carvalho de consumar o crime de feminicídio.
Os soldados da PM foram acionados via Copom para um caso de desentendimento na clínica. Ao chegaram ao local, as duas vítimas estavam trancadas em uma sala e o sargento da corporação do lado de fora. Após mostrar que não estava armado, a porta foi aberta, momento em que Carvalho efetuou os disparos, informou a Secretária de Segurança Pública de São Paulo, por meio de nota.
Por ora, não há informação sobre o estado de saúde da criança. Em recente mudança no Código Penal, o crime de feminicídio consumado passou a ter pena que varia de 20 anos a 40 anos de prisão. Até então, a pena era de 12 anos a 30 anos.
Íntegra da nota da Secretária de Segurança Pública de São Paulo
A Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender uma ocorrência que evoluiu para feminicídio e tentativa de homicídio em uma clínica de saúde na região da Vila Belmiro, em Santos, na tarde de quarta-feira (7).
Na ocasião, os policiais foram acionados via Copom para atender uma ocorrência de desinteligência no local. Quando chegaram as vítimas estavam trancadas em um consultório e o autor, um policial militar de folga, do lado de fora. De acordo com as informações prestadas no boletim de ocorrência, após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha, sendo preso na sequência e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.
O caso foi registrado como violência doméstica, feminicídio e tentativa de homicídio na DDM da cidade. A Polícia Civil instaurou inquérito e investiga todas as circunstâncias do crime.