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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Rui Costa sobre operação da PF: ‘Não tem ninguém mais ansioso do que eu’

Governador da Bahia é um dos investigados em ação sobre a compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste durante a pandemia

Por Da Redação Atualizado em 26 abr 2022, 15h43 - Publicado em 26 abr 2022, 14h09

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou a operação da Polícia Federal desencadeada nesta terça-feira, 23, para investigar a compra de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste, entidade que reúne os nove governadores da região e que era presidido por ele quando foi firmado o contrato, em 2020, no início da pandemia de Covid-19.

“Eu posso garantir que não tem nenhum ser humano mais ansioso para que essa apuração seja finalizada. Já se vão quase dois anos disso e eu continuo indignado pelo fato de saber que essas pessoas estavam presas, essas pessoas tinham assinado documento que iriam devolver o dinheiro e o Ministério Público da Bahia pediu para soltar essas pessoas e o juiz concordou”, disse.

O governador fazia referência à soltura, em junho de 2020, a pedido do MP, de três pessoas presas por fraude na Operação Ragnarok, da Polícia Civil baiana: Luiz Henrique Ramos, Paulo de Tarso e a dona da Hempcare (empresa que vendeu os respiradores), Cristiana Prestes.

Costa também lamentou o momento da ação, quase dois anos depois do início da investigação. “Eu confesso que até entenderia e bateria palmas se hoje os responsáveis tivessem sido presos. Mas eu não consigo entender uma busca e apreensão dois anos depois. Alguém acha que esse povo está com alguma coisa a mais?”, disse.

A Operação Cianose cumpre quatorze mandados de busca e apreensão. Segundo a PF, a compra dos equipamentos contou com diversas irregularidades, como o pagamento antecipado de seu valor integral, sem que houvesse no contrato qualquer garantia contra eventual inadimplência por parte da contratada. Ainda de acordo com a corporação, nenhum respirador foi entregue. O contrato tem valor de 45 milhões de reais.

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O Consórcio Nordeste, formado pelos nove estados da região, sempre foi alvo de acusações de bolsonaristas, principalmente na CPI da Pandemia, quando, diante do esforço da oposição para investigar os atos do governo federal, pediam que fossem apuradas as compras feitas pelos governadores nordestinos, que fazem oposição ao governo Jair Bolsonaro.

A entidade foi presidida no período da pandemia por Rui Costa — de março de 2019, quando a entidade foi fundada, até setembro de 2020 — e pelo ex-governador do Piauí Wellington Dias, que hoje é um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência, de setembro de 2020 a janeiro deste ano. Agora, a entidade é comandada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), também aliado de Lula.

Em nota, o consórcio diz que foi vítima de uma fraude por parte de empresários que receberam o pagamento e não entregaram os aparelhos, fato que foi imediatamente denunciado pelo próprio Consórcio Nordeste às autoridades policiais e ao Judiciário. “O Consórcio Nordeste segue aguardando a apuração desse crime, o julgamento e a punição dos responsáveis e a devolução do dinheiro aos cofres dos respectivos estados.”

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