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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Ramagem diz que não estava no governo quando houve ‘radicalização’ em 2022

Ex-diretor da Abin afirma ao STF que estava em campanha para deputado e que não fazia sentido atentar contra um poder da República para o qual fora eleito

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 mar 2025, 18h43 - Publicado em 6 mar 2025, 18h29

O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) disse nesta quinta-feira, 6, na defesa que apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na investigação da tentativa de golpe de estado, que estava afastado do governo de Jair Bolsonaro desde o começo de 2022, por conta da sua candidatura à Câmara.

Ramagem foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de fazer parte do núcleo que idealizou e coordenou a tentativa de manter Bolsonaro no poder. Os dois — o parlamentar e o ex-presidente — foram acusados na mesma denúncia. Outras quatro foram apresentadas também no dia 18, com os acusados divididos em núcleos organizacionais.

“Como se vê, a narrativa apresentada na denúncia demonstra claramente uma radicalização de falas e atos a partir do ano de 2022, mais precisamente a partir de julho de 2022, momento em que Alexandre Ramagem Rodrigues não mais integrava o Governo Federal, já tendo sua atenção há meses voltada à disputa eleitoral que se avizinhava, disputa para a qual arduamente se empenhou, tanto que foi eleito deputado federal nas Eleições de 2022”, diz trecho da defesa do deputado apresentada ao STF nesta quinta.

Algumas linhas depois, a defesa de Ramagem disse que participar da conspiração para romper com a ordem democrática seria “jogar no lixo” a sua própria carreira política. A justificativa dada é de que ele havia acabado de se eleger como deputado.

“Alexandre Ramagem Rodrigues acabara de ser eleito membro de um dos Poderes da República, a duras penas. Meses de campanha, meses de sacrifício e planejamento que resultaram em êxito eleitoral teriam simplesmente sido jogados na ‘lata do lixo’, porque o denunciado pretensamente estaria imbuído de atentar contra o Estado Democrático de Direito, contra o funcionamento de um Poder da República para o qual acabara de ser escolhido integrante. Reiterando mais uma vez a vênia devida, essa afirmação não é minimamente razoável”, afirma outro trecho da defesa.

Ramagem se aproximou de Bolsonaro na campanha presidencial de 2018, quando ainda fazia parte dos quadros da Polícia Federal. Ele fez a proteção do ex-presidente, na época candidato, depois do atentado da facada em Juiz de Fora, o que lhe fez ganhar a confiança do clã. Depois das eleições presidenciais, Ramagem foi escalado para assumir a Abin. Foi sob a sua guarda que a agência teria feito monitoramentos ilícitos de autoridades públicas (como o ministro Alexandre de Moares) e adversários políticos do ex-presidente.

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