Quem é Luciana Curtis, modelo sequestrada com a família em São Paulo
Casal e filha foram abordados por homens armados, levados a cativeiro na quarta e liberados um dia depois; brasileira tem relevante carreira internacional
A modelo Luciana Curtis foi sequestrada e mantida refém por horas com o marido e a filha na noite de quarta-feira, 28, em São Paulo. A família saia de um restaurante no Alto da Lapa, na zona oeste da cidade, quando foi abordada por homens armados. O sequestro repercutiu internacionalmente em razão da relevante carreira da brasileira no exterior.
Luciana tem 47 anos, é modelo internacional e tem contrato com as agências Way Model e Ford Models, uma das maiores do mundo. Ela foi descoberta por um olheiro da empresa em uma matinê, em São Paulo, quando ainda era adolescente. “Minha mãe é professora de História, meu pai era corretor de seguros, nunca imaginei trabalhar com moda. Foi assim, e eu me encontrei”, contou em entrevista à revista Marie Claire, em setembro.
Ela morou em Nova York por muitos anos, mas voltou ao Brasil durante a pandemia de Covid-19. Em 1993, aos 17 anos, venceu a final brasileira do Supermodel of the World, um dos maiores concursos de modelos do mundo. Luciana ficou entre as quatro primeiras colocadas na final mundial. Também fez trabalhos para grandes marcas como Alexandre Birman, Gucci, Marc Jacobs, Victoria’s Secret e estampou capas de revistas renomadas, como Cosmopolitan, Glamour e Elle. A modelo ainda foi o rosto da Revlon, conhecida marca de cosméticos.
Entenda o caso
Luciana, seu marido, o fotógrafo Henrique Gendre, e a filha caçula, de 11 anos, foram sequestrados e levados para um cativeiro na Brasilândia, na zona norte da capital, onde ficaram por doze horas e precisaram fazer transferências bancárias para os criminosos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os sequestradores abandonaram a família no local e fugiram nesta quinta-feira, 29. Eles ainda não foram localizados. A ocorrência foi registrada na 3ª Delegacia de Repressão à Extorsão com Restrição de Liberdade da Vítima, que investiga os fatos. “Outros detalhes serão preservados para garantir a autonomia dos trabalhos policiais”, informou a pasta.