Quem é a primeira mulher piloto da história do Exército Brasileiro
Tenente de 24 anos é gaúcha e já havia se destacado como cadete mais jovem da primeira turma de mulheres na Aman

Na última sexta-feira, 11, a primeiro-tenente Emily de Souza Braz fez história nas Forças Armadas ao tornar-se a primeira mulher formada como piloto de helicópteros na história do Exército brasileiro. Após a conquista, ela deve ser alocada para servir na Base de Aviação de Taubaté, no interior de São Paulo.
Gaúcha de Santana do Livramento, Emily tem 24 anos e concluiu ontem a formação no Centro de Instrução de Aviação do Exército (CIAvEx) ao lado de outros onze tenentes do Exército e dois da Marinha. “É uma grande honra e também uma responsabilidade enorme ser a primeira piloto da Aviação do Exército e representar o sonho de tantas mulheres”, declarou a militar durante a cerimônia.
Além de pioneira na aviação do Exército, Emily já havia se destacado como a mais jovem integrante da primeira turma de mulheres cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), em 2018. Pelo feito, recebeu o título de claviculário, posto concedido ao aluno mais jovem de cada turma, que se torna responsável por abrir os portões da Aman no início do curso e guardá-las até a passagem para a próxima turma.
“Celebramos a formação da primeira mulher piloto da Aviação do Exército, sem dúvida um marco, que prova a integração das mulheres em todas as linhas do Exército”, afirmou o Comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva, durante a cerimônia.
Formação rigorosa
O curso de aviação do Exército, em Taubaté, é conhecido entre as fileiras militares como uma das formações mais exigentes do Exército. No total, os alunos passam por 63 semanas de estudos teóricos e práticos, somando 426 horas em simuladores de voo e outras 1.400 horas de voo real nas aeronaves das Forças Armadas.
A seleção dos aspirantes a piloto, segundo o instrutor-chefe do curso, major Thiago Cadime do Nascimento, passa por um processo rigoroso de avaliação de saúde física e psicológica, e os alunos são treinados para desenvolver habilidades de liderança e tomada rápida e segura de decisões. “É uma satisfação e orgulho entregar ao Exército recursos humanos altamente especializados”, afirma o militar.