Quaest: quem o eleitor acha que pode substituir Lula e Bolsonaro em 2026
Pesquisa feita antes de cirurgia mostra que brasileiro está dividido sobre a possibilidade de o presidente tentar um quarto mandato à frente do país
O eleitor brasileiro está bastante dividido sobre a possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar um quarto mandato na eleição presidencial de 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest feita entre 4 e 9 de dezembro — portanto antes da cirurgia pela qual passou o petista, na terça-feira, 10, em razão de uma hemorragia cerebral.
De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados acham que Lula não deveria ser candidato enquanto 48% dizem o contrário – em outubro, esses percentuais eram de 58% e 40%, respectivamente.
O eleitor apontou também quem acha que seria o melhor substituto de Lula caso ele não dispute a reeleição. O preferido é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já disputou a eleição presidencial de 2018, quando Lula estava preso, e chegou ao segundo turno contra Jair Bolsonaro (teve 45% dos votos válidos contra 55% do adversário).
Segundo a Genial/Quaest, Haddad sairia vitorioso em quatro cenários no segundo turno. Venceria Bolsonaro (42% a 35%), Tarcísio de Freitas, do Republicanos (44% a 25%), Pablo Marçal, do PRTB (42% a 28%) e Ronaldo Caiado, do União (45% a 19%).
Abaixo de Haddad, aparecem como preferidos para substituir Lula na corrida presidencial o ex-ministro Ciro Gomes, do PDT (17%) e o atual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do PSB, com 14%.
Bolsonaro fora
A pesquisa também sondou quem o eleitor gostaria de ver no lugar de Jair Bolsonaro caso o ex-presidente continue impedido de disputar a eleição – ele foi considerado inelegível pela Justiça Eleitoral, mas recorre ao Supremo Tribunal Federal e sonha com uma (difícil) anistia no Congresso.
Sem Bolsonaro na disputa, o nome indicado como mais forte contra Lula é o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com 21%. Pablo Marçal aparece em segundo lugar, com 18%, e Tarcísio de Freitas em terceiro, com 17%.
A pesquisa Genial/Quaest entrevistou 8.598 eleitores de forma presencial. A margem de erro estimada é de um ponto percentual para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95%.