PSOL pede que MP investigue Nunes por propaganda antecipada em SP
Partido de Boulos pede que o órgão apure se a prefeitura custeou faixas em apoio a Nunes
O PSOL entrou com uma ação no Ministério Público estadual contra o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), por propaganda eleitoral antecipada e abuso de poder político. Essa é mais uma batalha jurídica entre o partido de Guilherme Boulos e o emedebista, que lideram a disputa pela prefeitura da capital paulista nas eleições deste ano.
A legenda pede que o órgão apure se a prefeitura teria custeado faixas em apoio a Nunes em diversos bairros de São Paulo. Na ação, o PSOL anexou imagens das peças com nome do prefeito, foto e agradecimentos por obras de asfaltamento realizadas pela gestão municipal. Também foram citadas notícias sobre os gastos da atual gestão com publicidade desde 2010.
“Como se observa, o material publicitário tem sido afixado, sobretudo, em endereços na periferia, regiões onde o notificado tem baixa popularidade e busca atrair eleitores”, diz o partido. “Confirmada a existência de uma estratégia de promoção do pré-candidato noticiado, por meio de atividade orquestrada apta a alto poder de influência no pleito municipal, as condutas podem, inclusive, caracterizar a prática de abuso político e/ou econômico por parte dos envolvidos”, completa.
Em nota enviada a VEJA, a Prefeitura de São Paulo afirmou que a representação do PSOL serve de estratégia eleitoral e que o documento confunde números e programas de comunicação que não têm qualquer relação com a administração municipal. A gestão também nega ser a responsável pelas faixas. “Faixas, cartazes e outras peças relatadas não foram realizadas pela Prefeitura, que desenvolve campanhas de comunicação de utilidade pública, elaboradas por agências especializadas regularmente licitadas”, diz.
Briga na Justiça
Na última quinta-feira, 15, o diretório municipal do MDB entrou com representação no Ministério Público contra a distribuição gratuita de leques em apoio a Boulos no Carnaval.
O partido de Nunes pede que se instaure investigação, pela Promotoria Eleitoral, para apurar o suposto uso de evento público para o favorecimento e promoção pessoal. Os acessórios tinham diferentes estampas e dizeres, mas todos estampavam um pedaço de “bolo”, em menção indireta ao nome do pré-candidato do PSOL.