Projeto de MG prevê economizar R$ 500 mi na saúde com ajuda da tecnologia
Rede implantada há três meses usa ferramentas como blockchain e IA para unificar dados, identificar falhas de atendimento e fraudes e gerenciar filas
Um projeto desenvolvido pelo governo de Minas Gerais, ancorado no uso da tecnologia e na integração dos bancos de dados públicos, prevê uma economia de 500 milhões de reais nos próximos cinco anos – em apenas três meses de implantação, o valor economizado com o projeto de estruturação da Rede Mineira de Dados de Saúde (RMDS) já chegou a 3 milhões de reais.
Os resultados do programa são um alento em um país onde o desperdício de dinheiro na saúde é a norma – a estimativa que o mau uso do dinheiro público chegue a 300 bilhões de reais anuais, o equivalente a 40% de todos os gastos de saúde do Brasil.
A RMDS tem como base a organização das informações de saúde por meio da interoperabilidade transversal dos dados de saúde. A Secretaria de Saúde de Minas Gerais utilizou de tecnologia de ponta para implantação dessa rede. Foi utilizada a ferramenta do blockchain, a mesma tecnologia utilizada nas criptomoedas, no bitcoin e no projeto do Real Digital. O instrumento permite a interligação das informações de hospitais, sistemas internos e sistemas municipais de maneira segura, coesa e inovadora.
Além disso, utiliza inteligência artificial para classificar, identificar e gerenciar pacientes de forma a identificar falhas de atendimento, gerenciar as filas do estado, identificar fraudes e apoiar a gestão de saúde de Minas Gerais.
Alcance
Além da economia no gasto de recursos públicos destinados à saúde, o projeto RMDS já alcançou outros números importantes nesses primeiros três meses. A rede já conta com mais de 50 milhões de registros, sendo mais de 14 milhões de atendimentos, referentes a cerca de cinco milhões de pacientes e informações de mais de 3.600 estabelecimentos de saúde.