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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Professora morreu lentamente envenenada diariamente por sogra, diz MP

Elizabete Arrabaça e filho, o médico Luiz Garnica, foram denunciados pela morte da professora Larissa Rodrigues, que era casada com ele

Por Pedro Jordão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 jul 2025, 18h17 - Publicado em 3 jul 2025, 18h16

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirmou, nesta quarta-feira, 2, que a morte de Larissa Rodrigues, 37, ocorreu lentamente, tendo sido envenenada por dias com chumbinho pela própria sogra, Elizabete Arrabaça, em Ribeirão Preto no mês de março. O crime teria sido encomendado pelo filho dela e marido de Larissa, o médico Luiz Garnica.

“As provas indicam que quem forneceu o veneno teria sido a Elizabete. Ao longo da semana, ela [a vítima] veio passando mal. Há indicativos para a gente de que, através de algum remédio, ela tenha envenenado a Larissa”, disse o delegado Fernando Bravo, responsável pela investigação do caso.

Segundo as investigações, Arrabaça fez várias pesquisas na internet sobre chumbinho um dia antes da morte de Larissa. Depois, ela teria procurado se informar se mãe tem direito a pensão por morte de filho. Em depoimento à polícia, o pai do médico e ex-marido de Arrabaça, Antônio Luiz Garnica, falou que ela chegou a fazer um seguro de vida para ele escondido, no qual ela e os filhos eram os beneficiários. “Há 30 anos, ela fez um seguro de vida para mim sem eu saber”, afirmou.

A participação do marido de Larissa e filho de Arrabaça no crime é apontada por uma série de indícios, dentre eles mensagens trocadas com a amante dele minutos antes da morte ter sido constatada pelo Samu.

“Tem uma mensagem, às 10h25, para Letícia, a amante dele, informando a morte da Larissa. O Samu chega por volta das 10h34. Até subir ao apartamento, por volta das 10h40, só então o óbito é constatado. Mesmo assim, ele fez manobras de ressuscitação na frente da médica [do Samu], simulou uma emoção quando a médica disse que ela já estava em óbito. Tudo isso mostra que ele estava participando de uma cena, mascarando, porque ele já sabia que a Larissa estava morta. E a primeira pessoa a quem ele informou sobre a morte dela foi a amante”, falou o promotor Marcus Túlio Alves Nicolino, que fez a denúncia formal à Justiça.

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Ele também disse que os denunciados “demonstraram extrema frieza, utilizando meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e dissimulação”.

O MP denunciou Luiz Garnica e Elizabete Arrabaça à Justiça por homicídio doloso triplamente qualificado pelo meio cruel na terça-feira, 1º. Ele também pode responder por fraude processual, por tentar alterar a cena do crime e eliminar provas digitais e físicas, incluindo limpeza do local e apagamento de arquivos eletrônicos. Após o assassinato, ele rapidamente tentou realizar várias transações financeiras nas contas bancárias da vítima e pagamentos com os cartões de crédito e aplicativos dela.

Pelas investigações, eles teriam agido por questões patrimoniais, após a vítima descobrir que o marido tinha uma amante e expressar a vontade de se divorciar, com divisão de bens.

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O Ministério Público também solicitou a conversão das prisões temporárias de ambos em preventivas, alegando haver risco de fuga, especialmente pela boa condição financeira da família dos acusados. O pedido também foi sustentado na gravidade do crime.

A instituição ainda pediu a quebra dos sigilos bancários dos envolvidos, para que mais informações eventualmente sejam fornecidas às investigações e possam dar mais força à denúncia.

Arrabaça também é investigada pela morte da veterinária Nathália Garnica, filha dela e irmã de Luiz Garnica. Ela morreu em 9 de fevereiro, quando foi registrado um boletim de ocorrência por morte natural. No entanto, os laudos periciais também apresentam a presença de chumbinho nos fluídos corporais de Nathália. A polícia acredita ainda que Arrabaça pode ter outras vítimas na cidade.

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Defesa

A defesa dela diz que há muitas informações falhas nas investigações. “Embora ela tenha estado no local do crime e tenha sido a última pessoa a conversar com a Larissa com vida, tem muitos pontos falhos, como, por exemplo, a ausência de imagens, a negativa do porteiro, ao falar que ela não esteve lá, embora ela alegue que esteve. Então, há muitos pontos falhos na investigação para a gente poder falar que ela, de fato, cometeu esse crime”, afirma o advogado de Arrabança, Bruno Corrêa.

Já a defesa de Luiz Garnica diz que vai tentar impedir a conversão da prisão em preventiva. “Vamos aguardar a denúncia. Com certeza, vem a denúncia com um requerimento para que seja decretada a prisão preventiva do Luiz. Nós vamos tentar nos manifestarmos antes de o juiz decidir tão somente em relação à prisão do Luiz, ou seja, nós vamos demonstrar que qualquer prisão decretada nesse sentido não terá fundamento. De fato não tem fundamento algum”, argumenta.

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