Suspeita de envenenar bolo com arsênio no RS é encontrada morta na prisão

A mulher suspeita de ter matado três pessoas da sua família com um bolo envenenado com arsênio foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira 13. Deise Moura dos Anjos estava presa preventivamente desde o dia 5 de janeiro, na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, pelos fortes indícios de que teria sido ela a autora dos homicídios triplamente qualificados.

Os agentes penitenciários chegaram a acionar o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), mas os médicos, quando chegaram ao local, constataram o óbito de Deise. Ela estava sozinha na cela, e a suspeita é a de que ela teria tirado a própria vida. Em nota, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul disse que investigará o caso (veja íntegra da nota abaixo). O corpo da detenta será encaminhado ao Instituto Médico-Legal.

Vítimas morreram intoxicadas na véspera do Natal

Na véspera do Natal passado, três pessoas da mesma família morreram intoxicadas por arsênio depois de ingerir um bolo que, segundo o Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, foi feito com farinha envenenada. A suspeita das autoridades era de que Deise teria envenenado a farinha que sua sogra usou para fazer o alimento. A sogra e mais duas pessoas da família do marido dela foram vítimas fatais do crime.

O corpo do sogro de Deise, falecido meses antes desse episódio, foi exumado. A perícia também encontrou vestígios de arsênio nele. Por isso, a mulher passou a ser investigada também por esse quarto homicídio. A morte extingue a punibilidade penal, o que significa, na prática, que o inquérito a que ela respondia deverá ser arquivado. 

Leia a íntegra da nota

A Polícia Penal informa que, durante a conferência matinal na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, a presa Deise Moura dos Anjos foi encontrada sem sinais vitais. Imediatamente, os servidores prestaram os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência que, ao chegar no local, constatou o óbito. Deise estava sozinha na cela. As circunstâncias serão apuradas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias.

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