Prefeitura de Pindamonhangaba processa Alckmin por dívida de IPTU
Ex-governador de São Paulo está inscrito na dívida ativa de sua cidade natal; ele diz que imóvel é ocupado por sobrinho e que não sabia da situação

Enquanto faz silêncio sobre seu futuro político, sendo cotado ora como candidato a governador contra o PSDB em São Paulo, ora como vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador paulista Geraldo Alckmin terá de prestar contas ao Fórum de Pindamonhangaba, sua cidade natal, por causa de uma ação movida pela prefeitura do município sobre atraso de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
A VEJA, o ex-governador afirmou que não tinha conhecimento do caso. Ele disse que possui um imóvel em seu nome na cidade, herança de família, mas que não vive nele. “Hoje, é um sobrinho meu que mora lá”, disse. “Ele está desempregado, e pode ser que esteja com alguma dificuldade e não esteja pagando o IPTU. Vou ver isso nesta segunda-feira, de manhã”, afirmou Alckmin, na última sexta-feira, 9.
A ação da prefeitura cobra quatro anos de IPTU sobre um imóvel em um terreno de 1.200 m² de área, com 197 m² de área construída, cujo valor venal é de 307,9 mil reais. Desde 2017 a prefeitura não recebe pagamentos de IPTU desse terreno, e o governador está inscrito na dívida ativa da cidade. A cobrança na Justiça é de 9.045 reais, entre os impostos atrasados, juros e multas.
O juiz Daniel Leite Sieffert Simões, que cuida do caso no setor de execuções fiscais do Foro de Pindamonhangaba, determinou que Alckmin fosse citado sobre a ação no fim de novembro, mas até o momento os oficiais de Justiça não informaram ao juiz que conseguiram enviar a notificação.