Porto Alegre: prefeito tem casa alagada e vai para hotel, que também alaga
Sebastião Melo (MDB) está agora acomodado em um segundo estabelecimento hoteleiro e despacha da Secretaria de Meio Ambiente
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), teve sua casa atingida pelas enchentes e precisou se mudar temporariamente para um hotel, localizado em uma área alta no centro da cidade.
A casa do emedebista ficou alagada nos primeiros dias das fortes chuvas na capital. Esse é o segundo hotel em que o prefeito se hospeda. O primeiro, que fica no centro administrativo, também alagou.
Em 3 de maio, a água também chegou à sede da prefeitura. Melo agora despacha do centro cultural Instituto Ling, da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo e Sustentabilidade ou do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
Mortes
O total de mortes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul subiu para 154, segundo boletim divulgado às 9h desta sexta-feira, 17, pela Defesa Civil. Ao todo, quase 2,3 milhões de habitantes em 461 municípios foram afetados de alguma forma pelos temporais — 806 pessoas ficaram feridas e outras 98 ainda estão desaparecidas.
A intensidade das chuvas diminuiu nos últimos dias e as precipitações devem ser intermitentes ao longo do fim de semana, de acordo com o portal Climatempo. Por outro lado, as tempestades deram lugar a uma onda de frio intenso, devido à massa de ar polar que atravessa o estado, e a população vem enfrentando as temperaturas mais baixas do ano desde a última terça-feira, 14.
Estabilidade na bacia do Guaíba
Após semanas registrando cheias históricas, o Lago Guaíba e os rios que nele deságuam vêm mostrando estabilidade no volume das águas. O nível está abaixo de 5 metros desde a madrugada de ontem e vem caindo, marcando 4,70 metros na manhã desta sexta-feira, como indica o monitoramento realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) estadual e o Serviço Geológico do Brasil (SGB).
O risco de novos deslizamentos e enchentes continua alto em todo o estado em razão do acúmulo das chuvas, que começaram no último 30 de abril. O nível de vigilância é considerado “muito alto” pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemanden), conforme boletim desta sexta-feira, 17.