Por falta de provas, Justiça arquiva investigação sobre Fernando Capez
Justiça Eleitoral atendeu a pedido do MP, que concluiu que suposta doação de 100 mil reais em 2010 citada por executivos da Odebrecht não foi comprovada

A Justiça Eleitoral de São Paulo arquivou, por falta de provas, o inquérito policial que investigava o ex-deputado estadual, ex-presidente da Assembleia Legislativa paulista e atual presidente do Procon-SP, Fernando Capez, por suposta falsidade ideológica eleitoral.
A investigação, aberta em 2017, apurava se Capez havia recebido ilegalmente 100 mil reais da Odebrecht em sua campanha eleitoral em 2010, segundo relato feito por executivos da empreiteira em delação premiada firmado com a Operação Lava Jato – a acusação sempre foi rejeitada por Capez.
O juiz Marco Antonio Martin Vargas, responsável pela decisão, seguiu o pedido do Ministério Público Eleitoral pelo arquivamento, assinado pelo promotor Fernando Pastorelo Kfouri. No parecer, ele afirma que “passados quase dez anos entre os fatos investigados (…), entende-se que estão esgotadas as diligências policiais razoavelmente exigíveis para o deslinde dos fatos”.
Segundo o MP, “os fatos narrados pelos colaboradores não foram confirmados por outras pessoas, remanescendo somente as suas versões” — com isso, o promotor entendeu que não havia condições para oferecer a denúncia.