Polícia volta a pedir prisão do motorista de Porsche que matou homem em SP
Fernando Sastre está em liberdade desde que o pedido anterior do Ministério Público foi negado por juiz plantonista

A Polícia Civil de São Paulo enviou à Justiça um novo pedido de prisão de Fernando Sastre de Andrade Filho, empresário acusado de homicídio enquanto dirigia um Porsche em alta velocidade na capital paulista. Desta vez, a solicitação contra o motorista é de prisão preventiva – a exigência anterior, de prisão temporária, foi negada na última semana por um juiz plantonista do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), a fiança exigida pela promotoria é de 500 mil reais, “em virtude da alta capacidade financeira do investigado”. Caso o pedido de prisão seja negado, a Polícia e o MP pedem que Sastre tenha a habilitação de motorista suspensa e o passaporte apreendido.
O caso ocorreu na noite de sábado, 30 de março, no Tatuapé, bairro da Zona Leste de São Paulo. A vítima, o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, dirigia pela Avenida Salim Farah Maluf em um Renault Sandero quando é atingido por um Porsche Carrera guiado por Sastre. O homem mais velho sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi socorrido, mas morreu no Hospital Municipal de Taubaté.
Imagens de câmeras de segurança mostram que, no momento da colisão, o carro de luxo avançava em altíssima velocidade – a velocidade máxima permitida na rodovia é de 50 quilômetros por hora. Sastre, que fugiu do local, foi considerado foragido pela Polícia Civil até se apresentar na delegacia dois dias após a batida.
Segundo a Polícia Civil, Sastre estava com a carteira de motorista suspensa desde outubro de 2023 e havia recebido a habilitação de volta no último dia 19 de março, 12 dias antes da colisão. Entre as razões para a suspensão da licença, estavam diversas multas por excesso de velocidade.