Polícia prende influenciador por golpe na venda de carros de luxo em SP
Autointitulado ‘inimigo número 1 dos bancos’, Filippe Ribeiro foi apontado como chefe de quadrilha

O influenciador digital Filippe Ribeiro foi preso na manhã desta quinta-feira, 13, em uma operação da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes de Carapicuíba, na Grande São Paulo. O caso investigado pela Polícia Civil envolve tráfico de drogas, estelionato e lavagem de dinheiro.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública paulista, os agentes seguem em campo na cidade de São Paulo, além de outros municípios na região metropolitana: Barueri, Santana de Parnaíba, Itapevi, Cajamar, Carapicuíba, Monte Mor e Rio Claro. Ao todo, são cumpridos 39 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão.
O influenciador digital, de 29 anos, é apontado como o líder da quadrilha que aplicava golpes em vendas de carros. Na casa dele, foram apreendidos documentos e anotações que serão analisadas como provas. Em outros endereços, carros de luxo foram confiscados.
O grupo comprava veículos com o financiamento atrasado por um preço baixo, revendia pelo preço de mercado e não pagava os débitos do empréstimo feito para compra do carro. Além disso, Ribeiro usava “laranjas” para alugar carros em outros estados que eram trazidos para São Paulo e clonados com o emplacamento de outros veículos. O pai de Filippe Ribeiro também foi preso nesta quinta-feira.
O influenciador já havia sido detido em setembro do ano passado durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa onde mora, em Santana do Paranaíba. Na ocasião, foram apreendidos sete carros, três motos, documentos e munições que levaram à prisão em flagrante.
Com quase 50 mil seguidores nas redes sociais, Ribeiro posa com carros, motos e chegou a escrever um livro sobre empreendedorismo – ele é autor de “De devedor a investidor” e se intitula o “inimigo número 1 dos bancos”.
No próximo dia 18, o influencer iria dar um curso online com dicas para empreender. Também nas redes, ele fazia propaganda dos seus negócios clandestinos e anunciava venda de carros de 10 a 30% do valor da tabela FIPE, uma mensuração de preços feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.