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PGR cita comportamento ‘hostil’ ao STF e pede que Jefferson continue preso

Subprocuradora-geral da República lembra vídeo em que o aliado do presidente Bolsonaro disse 'orar em desfavor' de Alexandre de Moraes

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 dez 2021, 18h33 - Publicado em 13 dez 2021, 17h42

No que depender da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente afastado do PTB e ex-deputado federal Roberto Jefferson continuará preso em Bangu. Em parecer apresentado nesta segunda-feira, 13, a subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo se manifestou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no sentido de que a prisão preventiva de Jefferson seja mantida.

Lindôra observa que o aliado do presidente Jair Bolsonaro manteve “comportamento desrespeitoso e por vezes hostil” ao STF e a Moraes. Ela cita gravações em que o ex-deputado praguejou contra o ministro enquanto esteve internado em um hospital no Rio de Janeiro, por autorização de Alexandre de Moraes, para tratar de problemas de saúde que se acentuaram na prisão. O exemplo citado por ela foi um vídeo em que Roberto Jefferson diz “orar em desfavor de Xandão”, como ele se refere a Moraes.

“Os pressupostos para o decreto prisional continuam atuais, em razão do comportamento desrespeitoso e por vezes hostil que o investigado manteve durante todo o período da custódia preventiva. Isso demonstra a necessidade da manutenção da sua custódia para a garantia da ordem pública”, escreveu Lindôra. Ela ainda ponderou que os comportamentos do petebista “demonstram a ausência de comprometimento a cumprir as determinações judiciais que lhes são impostas”.

A defesa de Roberto Jefferson argumentou a Alexandre de Moraes que, diante do afastamento dele da presidência do PTB, efetuado pelo ministro, não haveria razões para que ele continuasse detido. Após a manifestação da PGR, caberá a Moraes decidir sobre a continuidade da temporada de Jefferson em Bangu. Ele é investigado em função de ataques e ameaças à Corte e está detido desde o dia 13 de agosto.

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