PF prende traficantes de metanfetamina do cartel de Sinaloa para o Brasil
Droga era produzida no México e ia para os Estados Unidos; de lá, a droga chegava ao território nacional por meio de encomendas postais

Três pessoas foram presas na capital paulista nesta terça-feira, 20, suspeitas de ajudarem metanfetamina produzida no México a entrar no Brasil. A droga sintética fabricada em formato de cristal — e que, por isso, é popularmente chamada assim — entrava no país por meio de encomendas postais que vinham dos Estados Unidos.
De acordo com a Polícia Federal, entidade responsável pela operação, a droga vinha do cartel de Sinaloa, uma das maiores e mais conhecidas organizações criminosas do mundo, com braços em diversos países, como a italiana N’Drangheta e a brasileira Primeiro Comando da Capital, PCC. O líder do cartel de Sinaloa, o mexicano Joaquín Archivaldo Guzmán Loera, que usa a alcunha de “El Chapo” por ter pouca estatura, está preso no Colorado, nos Estados Unidos. Ele foi condenado à prisão perpétua.
A operação da PF desta terça prendeu três pessoas e cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, também na cidade de São Paulo. Segundo a corporação, o núcleo da quadrilha fazia a logística da entrada da droga no Brasil, aliciando receptadores e intermediários para armazenar e distribuir a metanfetamina.
A investigação começou em 18 de fevereiro deste ano, quando a PF prendeu duas pessoas que, segundo um inquérito da Agência de Investigações de Segurança Interna dos Estados Unidos (Homeland Security Investigations – HSI), teriam recebido, em novembro do ano passado, encomendas dos EUA com o entorpecente. Nesse mesmo mês de fevereiro, o México transferiu para os EUA 29 membros de carteis de droga que eram procurados pelas autoridades americanas.
As pessoas que foram presas nesta terça, cuja identidade não foi revelada pela PF, vão responder pelos crimes de tráfico de drogas internacional e organização criminosa. A pena para tráfico é de até quinze anos e, a de organização criminosa, dez. Além disso, caso os suspeitos sejam denunciados e condenados, podem incidir agravantes que aumentem ainda mais esses números.