Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Partido de Weintraub vai ao STF para ter mais dinheiro do Fundo Eleitoral

Ação do PMB alega à Corte que, com poucos recursos públicos, não conseguirá ser competitivo nas eleições e ficará à mercê da cláusula de barreira

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 abr 2022, 14h57 - Publicado em 18 abr 2022, 12h12

O Partido da Mulher Brasileira (PMB), que pretende lançar o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub a candidato ao governo de São Paulo, anda preocupado com a perspectiva de ter pouco dinheiro do Fundo Eleitoral – ou seja, recursos públicos – em seus cofres para as eleições de outubro. A preocupação é tamanha que a agremiação bateu às portas do Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir à Corte que determine uma redistribuição “condigna, razoável e proporcional” dos 4,9 bilhões de reais a ser gastos pelos partidos no pleito.

Segundo a lei que rege as eleições e a distribuição do fundo para financiamento de campanhas, cada um dos 32 partidos com estatutos registrados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tendo ou não deputados e senadores, dividem entre si 2% dos recursos – uma fatia de 0,0625% para cada. Os outros 98% dependem de representação no Congresso, algo que o PMB não possui: 35% proporcionalmente aos votos dos deputados, 48% proporcionais às bancadas na Câmara e 15% ao número de senadores.

Diante dos parcos recursos à disposição de seus candidatos, o partido argumenta que não tem como competir em iguais condições com as demais siglas e, por isso, não atingiria resultados eleitorais que o livrassem da cláusula de barreira, instrumento que condiciona acesso ao Fundo Partidário às eleições ao Legislativo. Segundo os advogados do PMB, a distribuição do Fundo Eleitoral tal como prevista em lei viola os preceitos do “Estado Democrático de Direito”, do “pluralismo político” e do “Direito Político Fundamental da Soberania Popular”.

Em busca de mais recursos públicos para suas campanhas, o PMB afirma que, com “migalhas” do Fundo Eleitoral, só resta às siglas sem representação no Congresso agir com “heroísmo”. A legenda não sugere como o dinheiro deve ser repartido e espera que o STF determine um novo critério.

“Para que a ‘Cláusula de Barreira’ introduzida pela Emenda Constitucional nº 97 funcione de forma constitucional, quanto aos partidos políticos pequenos, normalmente representantes de minorias sociais e políticas, como é o caso do Autor e dos outros partidos sem representação efetiva no Congresso Nacional, é preciso que estes possuam um patamar razoável e decente de participação no FEFC, para que recebam real financiamento público de campanha e, então, possam concorrer de forma minimamente isonômica com os partidos mais consolidados, o que não está a acontecer por conta da inconstitucional distribuição”, diz a ação.

Principal nome do PMB, que na semana passada foi impedido pelo TSE de mudar seu nome para “Brasil 35”, Abraham Weintraub era um crítico dos bilhões de reais destinados ao custeio das eleições. Em maio de 2020, quando ainda era ministro, sugeriu em uma publicação no Twitter que 50% dos recursos do Fundo Eleitoral fossem destinados a internet para estudantes pobres. Em maio de 2021, já ex-ministro, afirmou que os quase 6 bilhões de reais para o fundo, valor então aprovado no Congresso, eram um “absurdo”. Na ocasião, ele atribuiu a cifra ao Centrão, seu maior alvo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRIL DAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.