Clique e Assine VEJA por R$ 9,90/mês
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Os três estados brasileiros onde mais indígenas foram assassinados em 2023

Relatório mostra que o número de mortes aumentou 15% no primeiro ano do governo Lula

Por Da Redação Atualizado em 23 jul 2024, 12h57 - Publicado em 23 jul 2024, 12h55

Três estados brasileiros somam mais da metade dos assassinatos de indígenas ocorridos em 2023. Segundo o relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) na segunda-feira, 22, o número de mortes aumentou 15% no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Foram 208 casos, ante 180 em 2022, último ano da gestão de Jair Bolsonaro.

Os crimes foram registrados nos 26 estados do país e tiraram a vida de 179 homens e 30 mulheres. A maioria tinha entre 20 e 59 anos de idade. Roraima é o estado onde mais indígenas foram assassinados — foram 47 vítimas, e pelo menos sete eram ianomâmis. O território se tornou alvo de uma crise humanitária sem precedentes nos últimos anos, após a invasão de garimpeiros, madeireiros e narcotraficantes.

O segundo estado na lista é o Mato Grosso do Sul, com 46 mortes. A maioria dos crimes foi contra o povo Guarani-Kaiowá, em diferentes municípios, principalmente Corumbá e Dourados. Já o Amazonas registrou 36 assassinatos de indígenas de diferentes etnias, como Saterê-Mawe e Kulina. Uma parte dos casos ocorreu na cidade, outra, na própria aldeia.

No total, foram registrados 411 casos de violência contra indígenas em todo o país, incluindo ameaças, abuso de poder, lesões corporais, episódios de racismo e violência sexual. 

Outros dados

As mortes de crianças indígenas de 0 a 4 anos aumentaram 24% em relação a 2022. Foram 1.040 no ano passado. A maioria ocorreu no Amazonas, Roraima e Mato Grosso. Segundo o Cimi, a maior parte dos óbitos infantis foi ocasionada por gripe, pneumonia, diarréia, doenças infecciosas intestinais ou desnutrição — causas consideradas evitáveis por meio de ações de saúde. 

Continua após a publicidade

O relatório inclui um capítulo sobre “Violência por Omissão do Poder Público”, que contém registros de desassistência geral (66 casos), desassistência na área de educação (61), na área de saúde (100). Pelo menos 111 indígenas morreram por falta de assistência na área da saúde. 

Os conflitos territoriais e de invasões a terras indígenas mantiveram-se em patamares elevados, segundo o Cimi, apesar de ligeira redução em relação a anos anteriores. Em 2023, foram 150 casos de conflitos em 124 áreas de 24 estados brasileiros.

“Se por um lado os dados refletem a retomada das operações de fiscalização ambiental, por outro, a maior parte dos relatos indica a continuidade das ações de invasores, a desestruturação dos órgãos responsáveis por estas tarefas e a falta de uma política permanente de proteção aos territórios indígenas”, diz a entidade. 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 9,90/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.