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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Os onze generais do governo que o capitão Bolsonaro deixou pelo caminho

Alguns dos militares de alta patente demitidos se tornaram desafetos do capitão, como Santos Cruz e Rêgo Barros

Por Redação
29 mar 2022, 18h58

À frente de um governo que como poucos explorou a mão de obra militar em cargos de alto escalão, Jair Bolsonaro (PL), que é capitão da reserva do Exército, demitiu ou deixou de lado uma dezena de generais que prestaram serviços à sua gestão. Os militares de alta patente ocuparam ministérios e cargos executivos em órgãos federais, e boa parte deles se converteu em desafeto do presidente após suas exonerações.

Os casos mais rumorosos foram os dos generais Carlos Alberto Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, e Fernando Azevedo e Silva, ex-ministro da Defesa. O primeiro foi defenestrado pelo presidente em junho de 2019, seis meses após a posse, depois de embates com o escritor Olavo de Carvalho, uma espécie de guru do bolsonarismo. Convertido em opositor, o general se prepara para disputar eleições pelo Podemos, que tem o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, outro desafeto de Bolsonaro, como presidenciável. Já a demissão de Azevedo, em março de 2021, gerou a maior crise militar em décadas e culminou na saída conjunta dos comandantes das três Forças Armadas.

Em situações distintas, também ficaram pelo caminho o ex-porta-voz, general Rêgo Barros, o ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e, de certo modo, o vice-presidente, general Hamilton Mourão.

Nomeado para melhorar a comunicação de Bolsonaro, Barros foi escanteado no Palácio do Planalto em pouco tempo e deixou o posto em outubro de 2020. Desde então, tem feito críticas públicas ao ex-chefe.

Pazuello, por sua vez, saiu da pasta da Saúde em março de 2021, no auge da segunda onda da pandemia de Covid-19, após uma gestão repleta de erros e de endosso ao negacionismo científico do presidente. No seu caso, no entanto, as boas relações com Bolsonaro seguiram, ele foi abrigado em um cargo no palácio e concorrerá a uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo PL.

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Já Mourão, visto com desconfiança pelo companheiro de chapa desde o início do governo, foi descartado para a reeleição e deve dar espaço ao também general Walter Braga Netto como vice. Mourão tentará se eleger senador pelo Rio Grande do Sul.

Em escalões inferiores, outros cinco generais deixaram o governo do capitão ainda no primeiro ano de mandato. Maynard Marques de Santa Rosa pediu demissão da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. Foram demitidos os generais Franklimberg de Freitas (Funai), Juarez Cunha (Correios), João Carlos Jesus Correia (Incra) e Marco Aurelio Vieira (Secretaria Especial do Esporte).

A lista ganhou nesta semana o nome do general Joaquim Silva e Luna, demitido da presidência da Petrobras em meio à crise do reajuste dos preços dos combustíveis, que virou um tema eleitoral delicado para Bolsonaro.

Na hierarquia do Exército, capitão não demite general. A patente de Bolsonaro fica na terceira prateleira da hierarquia da Força. Na primeira estão os chamados oficiais generais (marechal, general de Exército, general de divisão e general de brigada). Na segunda, aparecem os oficiais superiores (coronel, tenente-coronel e major). Aí, no terceiro nível vêm os oficiais intermediários (capitão), que ficam apenas de outras patentes menores, como tenente e sargento.

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