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Os dissidentes do PDT e a reação de Ciro à busca de Lula pelo ‘voto útil’

Dois membros do diretório nacional do partido declararam voto no petista, assim como dois dos principais apoiadores do pedetista na classe artística

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 set 2022, 13h05

Por estar no mesmo campo “progressista” que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ser o terceiro colocado na disputa presidencial, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é naturalmente a principal vítima em potencial da ofensiva petista em busca do voto útil já no primeiro turno da corrida ao Palácio do Planalto, como mostra reportagem de capa de VEJA desta semana. Pesquisa Quaest divulgada no último dia 21 mostrou que um terço dos eleitores do ex-ministro votaria em Lula para que ele liquidasse a eleição contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) já na primeira rodada de votação, no próximo dia 2 de outubro.

Aliados do cearense têm classificado os movimentos lulistas como “antidemocráticos” e “absurdos”. “É um atentado à democracia, uma violência política e tentativa de desqualificar o debate”, diz Ana Paula Matos, a vice de Ciro. Alguns ciristas avaliam que a estratégia petista pode criar ruídos no segundo turno. “Nessa agressividade que eles têm feito, estão destruindo as pontes”, observa Antonio Neto, candidato a deputado federal em São Paulo e um dos aliados mais próximos a Ciro no partido.

Diante do risco de ter a campanha esvaziada na reta final, o pedetista e seu estrategista de comunicação, João Santana, declararam guerra ao voto útil. Vídeos e postagens da campanha do candidato criticam abertamente a lógica de antecipar o segundo turno para o primeiro. Nesse contexto, o mote de um “verdadeiro voto útil” em Ciro passou a circular em suas redes sociais, enquanto uma das peças chega a questionar o eleitor sobre como reagiria caso alguém lhe pedisse abandonar sua fé, sua família e até seu time de futebol em nome de motivos questionáveis. A estratégia de reação será mantida nos últimos dias da campanha, com peso especial aos dois últimos debates na TV aberta, conciliada com ataques a Lula e Bolsonaro, sobretudo no campo da ética.

Enquanto tenta estancar a sangria, Ciro, no entanto, já vê defecções em sua base. Nesta semana, dois membros do diretório nacional do PDT, os ex-deputados Cidinha Campos (RJ) e Haroldo Ferreira (PR), declararam voto em Lula no primeiro turno. Com mais de quatro décadas de filiação ao partido, Cidinha usou seu programa de rádio para dizer que apenas Bolsonaro e Lula estão no páreo. “Ciro está fora”, declarou a ex-deputada estadual e federal. Filiado há 22 anos nas fileiras pedetistas, Ferreira critica o trabalho de João Santana na comunicação da campanha do ex-ministro devido às críticas e ataques a Lula. “A estratégia da campanha que Ciro implementou é odiosa, de ataques ao maior opositor do bolsonarismo”, disse a VEJA Haroldo Ferreira, que entregou os cargos no diretório nacional e na Fundação Leonel Brizola. O ex-deputado afirma que outros pedetistas pensam do mesmo modo, mas não virão a público por estarem disputando eleições pelo partido.

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Na classe artística, dois dos apoiadores mais notórios do ex-ministro, os cantores Caetano Veloso e Tico Santa Cruz, também anunciaram que optarão pelo ex-presidente. Caetano divulgou um vídeo em que afirmou votar no petista mesmo “adorando” o pedetista e Santa Cruz disse que o projeto presidencial de Ciro deve ficar para 2026 – o candidato promete se aposentar caso saia derrotado em 2022. Um movimento de militantes brizolistas, entre filiados e ex-filiados ao PDT, incluindo quadros que atuaram no governo Brizola no Rio de Janeiro, pregou “voto consciente” em Lula.

Diante das dissidências, Ciro Gomes e seus aliados, como o presidente do PDT, Carlos Lupi, tem tentado minimizar as avarias no casco de seu navio. Lupi chamou os agora ex-ciristas de “traidores”.

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