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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Operação prende suspeito de ameaçar deputadas de estupro e morte

Homem atuava com os nicknames 'Leon' e 'Grow' em fóruns e grupos na internet denominados 'chans'; ação envolveu os MPs de Minas Gerais e Pernambuco

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 9 Maio 2024, 15h00 - Publicado em 7 Maio 2024, 15h37

Uma operação conjunta entre os Ministérios Públicos de Minas Gerais e de Pernambuco, com apoio das polícias dos dois estados, resultou na prisão, na periferia de Olinda (PE), do principal suspeito de ter feito uma série de ameaças de estupro e morte contra três deputadas estaduais, além de incitar adolescentes a praticarem automutilação e divulgação de pornografia infantil.

O suspeito, que teve a identidade preservada, atuava com os nicknames “Leon” e “Grow” em fóruns e grupos na internet denominados “chans”, onde seus integrantes realizavam incitação à violência. A prisão foi feita na terceira fase da operação Di@na, iniciada em outubro do ano passado para apurar as ameaças contra as deputadas Lohanna França (PV), Bella Gonçalves (PSOL) e Beatriz Cerqueira (PT).

O homem preso nesta terça-feira, 7, foi identificado após análise de computadores e outros equipamentos apreendidos nas fases anteriores da operação. A força tarefa investiga se o suspeito também é autor de ameaças contra as vereadoras Cida Falabella e Isa Lourenço, ambas do PSOL.

Em nota conjunta, as parlamentares afirmaram que receberam “com esperança” a notícia da prisão do principal suspeito de promover as ameaças. “Ainda há muito a caminhar para uma Minas Gerais segura para todas as mineiras, mas hoje avançamos ao mostrar que, mesmo demorada, a justiça acontece. Seguimos em luta e trabalho pela construção de um Estado digno e seguro para todas as mulheres. O resultado das investigações mostra que sempre fizemos certo ao seguirmos firmes na luta, ao não nos deixarmos paralisar pelas ameaças e pela violência. Só assim seguiremos mudando a realidade das mulheres!”, diz o texto.

“A Justiça tarda mas não falha”, afirmou a deputada Lohanna França. “Já tem oito meses que essa operação foi deflagrada, e foram meses muito difíceis para todos nós, até mesmo porque as ameaças não pararam”, disse. A parlamentar atribui o aumento da violência digital ao crescimento da extrema direita no estado.

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Bella Gonçalves afirmou que, por causa das ameaças, as deputadas passaram a serem acompanhadas por escolta policial desde o ano passado. “Uma das ameaçadas de morte e estupro teve o endereço da creche onde a filha estudava divulgado”, disse ela, lembrando que Minas tem histórico de altos índices de violência contra as mulheres.

Índice de violência

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, o mais recente divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que Minas é o estado que liderou os casos de feminicídios em 2021, com 155 registros. Em 2022, esteve em segundo lugar, com 171 casos, ficando atrás apenas de São Paulo (199).

Minas também foi o primeiro estado brasileiro a sancionar uma lei estadual de enfrentamento à violência contra as mulheres. O projeto de lei que institui o Programa de Enfrentamento ao Assédio e Violência Política contra a Mulher foi proposto por quatro deputadas. Três delas foram ameaçadas de morte no exercício do mandato. Ao menos oito parlamentares de Minas já relataram ter sofrido ameaças.

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