Operação mira policiais da PRF e PM que transportavam drogas para facção
Mandados de prisão, busca e apreensão estão sendo cumpridos em sete estados
A Polícia Federal deflagrou operação nesta quinta-feira, 7, para apurar a participação de policiais rodoviários federais da PRF e policiais militares de Rondônia e da Bahia em um grupo criminoso responsável por esquema de tráfico interestadual de drogas. Ao todo 120 agentes cumprem 30 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão preventiva em cidades dos estados do Ceará, Pará, Rio Grande do Norte e São Paulo, além do Distrito Federal, Bahia e Rondônia. A operação foi batizada de Puritas.
Os mandados estão sendo cumpridos em Porto Velho (RO), Vilhena (RO), Ji-Paraná (RO), Cascavel (CE), Santa Maria (DF), Ourilândia do Norte (PA), Natal (RN), Piracicaba (SP), Santa Luz (BA), Gandu (BA), Feira de Santana (BA) e Fortaleza (CE).
As autorizações foram expedidas pela 2ª Vara de Delitos de Tóxicos de Porto Velho (RO). Além das prisões, foram realizadas as apreensões de sequestros de veículos que teriam sido usados nos crimes, e foram lavrados sete flagrantes por porte e posse de arma de fogo de grosso calibre.
De acordo com as investigações, os policiais rodoviários federais, além de integrantes da Polícia Militar da Bahia e de Rondônia eram responsáveis pelo transporte de toneladas de drogas destinadas principalmente ao estado do Ceará.
Os investigadores identificaram que um carregamento de aproximadamente 500 quilos de cloridrato de cocaína apreendido na cidade de Vilhena (RO), outro de 500 quilos na cidade de Canarana (MT) e outro de 200 quilos na cidade de Peritoró (MA), estavam vinculados ao grupo criminoso.
Além disso, a Polícia Federal identificou 26 investigados no esquema criminoso, que poderão responder por tráfico interestadual de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A operação tem a colaboração da Corregedoria Geral da Polícia Rodoviária Federal.
Plano de Lula
O envolvimento de agentes da PRF com quadrilhas de traficantes vem exatamente no momento em que o governo Lula quer mudar o nome da corporação para Polícia Ostensiva Federal (POF) exatamente para ampliar as suas atribuições e permitir que ela faça o enfrentamento direto de facções criminosas.