OAB-SP contesta intimação de Wajngarten pela PF
Conselho de Garantias de Direito da Ordem argumenta que advogado tem direito ao sigilo profissional no caso em que atua

A seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, por meio do Conselho de Direitos e Prerrogativas, solicitou à Polícia Federal que seja garantido ao advogado Fábio Wajngarten o direito de se recusar a depor nesta quinta-feira, 31, como testemunha no caso das joias sauditas. A Ordem argumenta que Wajngarten atua diretamente na defesa do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e de sua mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, e por isso tem o direito de se recusar a depor como testemunha, com base na lei que garante o direito ao sigilo profissional.
Em petição assinada pelo conselheiro da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, Luiz Eduardo de Almeida Santos Kuntz, a instituição afirma que Wajngarten se coloca à disposição, desde que sejam observadas regras do devido processo legal, e sejam garantidas suas prerrogativas de advogado, respeitando seu domicílio, que é a cidade de São Paulo.
A PF marcou para esta quinta-feira, 31, depoimentos simultâneos de Wajngarten, Bolsonaro e Michelle, além de outras cinco pessosas: o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid e seu pai, o general Mauro Lourena Cid, os ex-assessores Osmar Crivelatti e Marcelo Câmara, além do advogado Frederick Wassef. A defesa de Bolsonaro e Michelle apresentou petição solicitando que eles permaneçam em silêncio.