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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O trio de campeões de votos que ensaia um retorno às urnas em 2024

Ex-deputados, Joice Hasselmann, Alexandre Frota e Janaina Paschoal foram eleitos na onda bolsonarista, mas perderam força após rompimento com ex-presidente

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 9 Maio 2024, 12h46 - Publicado em 1 abr 2024, 17h42

Três personagens no mínimo controversos e de trajetórias parecidas prometem retornar ao cenário político brasileiro na eleição deste ano. Eleitos com votações expressivas para o Legislativo federal e estadual na onda bolsonarista de 2018, Joice Hasselmann, Alexandre Frota e Janaina Paschoal se afastaram do ex-presidente Jair Bolsonaro durante os mandatos e, sem capital eleitoral próprio, ficaram sem mandato a partir de 2022. Neste ano, tentarão novamente retornar à política, mas em “voos” mais curtos. Cada um à sua maneira se articula para se lançar à Câmara de Vereadores, em São Paulo e em Cotia.

A jornalista Joice Hasselmann anunciou na semana passada sua filiação ao Podemos. O anúncio foi feito ao lado da presidente nacional do partido, a deputada federal Renata Abreu. Na ocasião, Joice não revelou sua pretensão política, mas tem planos para concorrer a vereadora em São Paulo. Será um novo teste para ela, que viu sua votação definhar após o rompimento com Bolsonaro.

Joice foi eleita deputada federal pelo PSL (partido que se juntou ao DEM para formar o União Brasil) em 2018 com mais de 1 milhão de votos. Foi a maior votação de uma mulher para a Câmara. No mandato, chegou a atuar como líder do governo Bolsonaro na Câmara.

Dois anos depois, já rompida com o ex-presidente, mas ainda no PSL, tentou a prefeitura de São Paulo. Obteve apenas 90.345 votos (1,84%) e ficou na sétima colocação. Na eleição seguinte, em 2022, já filiada ao PSDB, tentou novamente uma vaga na Câmara dos Deputados, mas sua votação foi de apenas 13.679 votos. Desde então, a ex-deputada tem ficado afastada da política, exceto por articulações de bastidor e nos vídeos que posta regularmente nas redes sociais comentando e repercutindo fatos da atualidade.

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Alexandre Frota já era conhecido como ator quando entrou na política seguindo o rastro de Bolsonaro. Durante a campanha de 2018, participava de agendas públicas do então candidato e chegou a ser cotado para assumir o Ministério da Cultura. Elegeu-se deputado federal pelo PSL com mais de 150 mil votos.

No mandato, entretanto, Frota não demorou a fazer críticas a Bolsonaro. Além disso, desentendeu-se com Eduardo Bolsonaro numa disputa pelo diretório paulista do partido e foi expulso do PSL em 2019 por infidelidade partidária após se abster de votar na Reforma da Previdência. Passou então a ser um ferrenho opositor de Bolsonaro.

Foi recebido com festa pelo PSDB, partido pelo qual concorreu a deputado estadual em 2022. Obteve 24.224 votos e não conseguiu ser eleito. Logo após a eleição, no entanto, migrou para o Pros após o então governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciar apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos) no segundo turno.

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No final de 2022, viu-se envolvido em um imbróglio judicial. A 3ª Vara Cível do Foro de Cotia decretou a falência de Frota, que declarou ter dívida de R$ 1,4 milhão a credores além de ser alvo de diversos processos e ações indenizatórias em razão de seu mandato como deputado federal. Neste ano, ele pretende concorrer ao cargo de vereador no mesmo município de Cotia, na Grande São Paulo.

A professora de Direito da USP Janaina Paschoal surgiu na política como a cara visível dos juristas que sustentam o pedido de impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016. Na campanha de 2018, chegou a ser cotada como candidata a vice de Bolsonaro, que acabou optando por um general do Exército.

Naquele ano, Janaina elegeu-se como a deputada estadual mais votada do país, com mais de 2 milhões de votos. Durante o mandato, no entanto, Janaina oscilou entre ataques e afagos a Bolsonaro, postura que adota até hoje. Em 2022 ela tentou concorrer ao Senado pelo PRTB mas ficou na terceira colocação, com 450 mil votos.

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Na semana passada, Janaina se filiou ao PP e pretende concorrer a vereadora em São Paulo. Ao programa Ponto de Vista, de VEJA, a ex-deputada não quis cravar sua pré-candidatura, e justificou sua opção pela sigla. “Estou me aproximando de um partido mais à direita, que tem a ver com o meu pensamento, mas que é um partido que não procura se radicalizar”, disse.

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