O que o governo Lula levará ao primeiro 7 de Setembro pós-Bolsonaro
Em 2022, o Dia da Independência foi marcado por atritos entre o ex-presidente e os presidentes da Câmara, do Senado e do STF

O primeiro 7 de Setembro do atual governo Luiz Inácio Lula da Silva terá “democracia, soberania e união” como bandeiras principais, informou nesta terça-feira, 29, o Palácio do Planalto.
Segundo o governo, a celebração da Independência do Brasil contará com o tradicional desfile das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, além de apresentações de escolas, bandas e profissionais do Corpo de Bombeiros. De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, o intuito do evento é “resgatar” símbolos que pertencem ao povo brasileiro. “Vamos resgatar a Bandeira do Brasil e o Hino Nacional, que sempre foram de todos nós e que contam nossa história. Exaltar esses símbolos nacionais é fundamental para reavivar o que está na Constituição brasileira”, diz Pimenta.
De novidade, o desfile deste ano terá quatro eixos temáticos: “Paz e Soberania”, “Ciência e Tecnologia”, “Saúde e Vacinação” e “Defesa da Amazônia”. A expectativa de público é de 30.000 pessoas, diz o Planalto, que divulgou que o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e ministérios da Justiça e Relações Exteriores terão a segurança reforçada com gradis e policiamento.
Bolsonaro
Em meio à campanha eleitoral e a ataques às urnas eletrônicas, o último 7 de Setembro do governo Jair Bolsonaro foi marcado por atritos entre o ex-presidente e os representantes dos demais poderes — convidados ao desfile em Brasília, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do STF, Luiz Fux, não compareceram.
Durante os pronunciamentos — além da solenidade em Brasília, houve uma motociata no Rio de Janeiro –, Bolsonaro defendeu pautas conservadoras, pediu votos para a eleição do mês seguinte e atacou o então adversário Lula. Ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, chegou a puxar coro de “imbrochável” e reforçou o discurso de “enquadrar” os poderes nas “quatro linhas da Constituição”.