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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco, Pedro Jordão e Anna Satie. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O que Janaina Paschoal quer dizer ao Supremo sobre aborto

Vereadora, advogada e professa da USP pediu para ingressar como amicus curiae em ação que questiona resolução do Conselho Federal de Medicina

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 jul 2025, 07h00

A vereadora e advogada Janaina Paschoal (PP-SP), uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir para ingressar como amicus curiae na ação que discute a constitucionalidade de uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre aborto. A normativa proibia médicos de fazerem o procedimento de assistolia fetal após 22 semanas de gestação, mesmo quando se tratasse de caso de estupro — hipótese em que o aborto é legalmente permitido.

O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que suspendeu a resolução. O caso teve grande repercussão depois da suspeita de que alguns hospitais da rede pública de São Paulo não estavam realizando o procedimento de aborto em casos legais. Por ora, o desfecho do caso está paralisado e algumas entidades pediram para se habilitar como amicus curiae. Essa é uma espécie de intervenção de terceiro na qual a entidade não participa do caso, mas dá a opinião sobre o mérito da causa. O nome vem do latim e significa “amigo da Corte”.

Janaina apresentou um pedido para entrar na causa nesta quinta-feira, 10. Ela defendeu a própria participação na causa por conta da sua trajetória acadêmica no Direito e disse que não defende nem a legalização total do aborto e nem a sua equiparação ao crime de homicídio, proposta encampada por parlamentares mais conservadores.

“Além de se debruçar sobre a matéria objeto do presente feito desde os bancos acadêmicos, na condição de Parlamentar, sempre defendeu a vida, observando, entretanto, os limites legais vigentes. Tal peculiaridade torna única sua condição, pois não se filia de forma cega, nem àqueles que buscam a liberação total e irrestrita da prática do aborto, nem àqueles que equiparam tal ato ao homicídio, almejando proibição total e até mesmo elevação de penas”, diz trecho do pedido.

Outra justificativa usada pela vereadora é que, se o PSOL, autor da ação, pode defender a causa, ela, que é de direita, também tem direito de falar. “Se, de um lado, o PSOL vale-se de seus parlamentares para sustentar sua causa, nada mais natural e justo que, de outro, Parlamentares com visão diversa também exerçam esse direito, garantindo o contraditório e o pluralidade de ideias no controle de constitucionalidade”.

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Apesar do caso ainda não estar na etapa de julgamento, Janaina já adiantou os seus argumentos, o que é habitual que os amicus curiae façam quando pedem para ingressar em uma ação. A parlamentar defendeu que o procedimento de assistolia fetal não é permitido nem em animais e que, por isso, a resolução do CFM não é inconstitucional e deve ser restabelecida.

“Ora, a assistolia fetal é realizada justamente pela aplicação de cloreto de potássio no coração do feto! Como poderia o Conselho Federal de Medicina permitir, para seres humanos aptos a sobreviver fora do corpo da mãe, o que o Conselho Federal de Medicina Veterinária não admite para os animais? (…) Com efeito, contrariamente ao que pretende fazer crer o Partido autor, o Conselho Federal de Medicina não está suprimindo direitos de mulheres vítimas de crimes sexuais, mas protegendo todos os seres humanos da indevida banalização de métodos cruéis de eliminação”, diz a manifestação.

O ingresso dela na ação precisa ser deferido pelo relator, Alexandre de Moraes. O processo será enviado ao gabinete dele, que precisará analisar esse e outros pedidos de candidatos a amicus curiae.

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