Irmão de Bolsonaro segue ganhando verbas para cidade do interior de SP
Chefe de gabinete de Miracatu, Renato Bolsonaro recebeu obras de Tarcísio nesta sexta; com o irmão no Planalto, cidade levou R$ 72 milhões entre 2020 e 2022
De volta ao batente na chefia de gabinete de Miracatu, cidade do interior de São Paulo, Renato Antonio Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro, representou o município em evento no Palácio dos Bandeirantes e saiu de lá com 600 mil reais repassados pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Os recursos foram assegurados por meio de convênios destinados a obras de infraestrutura no município.
Com apenas 20.000 habitantes e localizada na região do Vale do Ribeira, Miracatu passou a ser rota de investimentos federais durante o mandato de Bolsonaro. Entre 2020 e 2022, com Renato na chefia de gabinete da prefeitura, a cidade que fica às margens da rodovia Régis Bittencourt recebeu mais de 72 milhões de reais em investimentos da União para melhorias urbanas, como obras de recapeamento e iluminação.
Segundo mais novo dos irmãos, Renato tem se arriscado mais na política depois que o irmão mais famoso chegou ao Planalto. Com o aliado Tarcísio no governo, tem visitado secretários, como Guilherme Derrite (Segurança Pública), e participado de reuniões para liberação de verbas em sua região. No dia 7, por exemplo, Renato se reuniu com o superintendente do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), coronel Sérgio Codelo.
Braço-direito do prefeito Vinícius Brandão de Queiróz, conhecido como Vinícius do Iraque (PL), Renato chegou a ser exonerado do cargo em agosto do ano passado para ajudar da campanha de reeleição do irmão, mas retornou logo após o término da campanha. Iraque foi eleito pela primeira vez em 2020 e conta com o apoio do bolsonarismo para se manter no posto em 2024.
O evento de liberação de verbas realizado no palácio nesta sexta, 15, teve direito a foto com o governador para postagem nas redes sociais. Contou com a participação ainda do secretário do Governo, Gilberto Kassab, e de vários outros representantes de prefeituras do interior paulista, reduto de Tarcísio e do bolsonarismo.