O futuro de Janones vira um dilema para o PT
Importante nas redes sociais durante a campanha, deputado reeleito não deve ser ministro

O deputado André Janones (Avante-MG) foi bastante importante em um momento decisivo da campanha eleitoral ao igualar, no terreno dos golpes abaixo da linha de cintura, a disputa nas redes entre Luiz Inácio Lula da Silva, a quem apoiava, e Jair Bolsonaro. O parlamentar, aliás, foi o primeiro presidenciável a apoiar o petista, ainda no primeiro turno, quando tinha até 2% das intenções de voto em pesquisas.
Por isso, na equipe de transição é tido como muito provável a destinação de um ministério ao Avante, que integrou formalmente a coligação em torno de Lula. O partido elegeu sete deputados federais, sendo cinco deles em Minas Gerais, reduto de Janones – é da bancada mineira que pode vir o escolhido para compor a Esplanada.
Mas é muito provável que não seja Janones, que permaneceria comandando as redes sociais do governo, ainda na linha de frente da luta contra os influenciadores bolsonaristas na internet, mas sem nenhum cargo no governo. Hoje, ele atua na área de comunicação social na equipe de transição, de onde já protagonizou algumas polêmicas com a atual equipe da Secom (Secretaria de Comunicação) do governo Bolsonaro.
Janones já disse em entrevistas que não negocia um ministério e que pode ser importante para o governo Lula como deputado, ajudando o petista a construir maioria no Congresso.