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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O aperto de mão que esconde divergências no novo gigante político do país

Formação da federação União Progressista ainda precisa sanar disputas internas em vários estados

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 1 Maio 2025, 13h14 - Publicado em 1 Maio 2025, 12h44

O aperto de mão posado entre os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI) e do União Brasil, Antonio Rueda, durante o lançamento da federação União Progressista, na última terça-feira, 29, selou o acordo para que as duas legendas atuem em conjunto nos próximos quatro anos. A iniciativa criou o maior gigante partidário no Congresso brasileiro, com 109 deputados e catorze senadores, as maiores bancadas nas duas Casas.

O aceno público, no entanto, esconde divergências internas que ainda precisam ser sanadas para que ambos os lados caminhem de fato juntos, principalmente nos estados e na próxima eleição.

O sinal claro de que que as duas legendas se uniram mas não se entrelaçaram é o fato de que os dois lados não chegaram a um consenso sobre quem seria o presidente. O plano inicial do PP era que o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), comandasse a federação no primeiro momento. Mas o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, não topou.

O impasse, que quase implodiu o acordo na semana anterior a seu lançamento, foi solucionado com a solução sui generis de dois presidentes (Ciro Nogueira e Rueda) comandarem a federação até dezembro deste ano. E, numa vitória para o lado do União Brasil, a partir de janeiro será Rueda o dirigente a comandar os destinos da federação no ano eleitoral.

Além da cúpula, divergências entre os dois partidos nos estados ainda não foram sanadas. No maior deles, São Paulo, ela ficou clara no dia seguinte ao anúncio da aliança. O presidente do diretório paulista do PP, o deputado federal Maurício Neves, chegou a publicar nota anunciando que seria ele o presidente paulista da federação.

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O cacique do União Brasil no estado, o ex-presidente da Câmara municipal da capital Milton Leite, reagiu de pronto. “Eu estava almoçando na casa do Rueda quando tomamos conhecimento da nota. Ninguém entendeu nada”, afirmou Leite. “A nota do Marcelo não corresponde à verdade. A federação em São Paulo fica com o União”, afirmou. Neves recuou após a declaração de Leite.

Há impasses também em outros estados como Rio, Minas, Acre, Paraná, Pernambuco, Paraíba e  Maranhão. O pano de fundo é o interesse de cada partido nas eleições do ano que vem. No Paraná, por exemplo, o senador Sergio Moro (União Brasil) já demonstrou interesse em concorrer ao governo do estado, enquanto o PP prefere se manter na aliança com o o atual ocupante do cargo, Ratinho Jr. e apoiar quem ele indicar para sua sucessão.

Na Paraíba, o PP pretende lançar o nome do vice-governador Lucas Ribeiro, mas o senador Efraim Filho (União Brasil) já manifestou interesse em concorrer à vaga. Um acordo no estado estabeleceu que o desempenho nas pesquisas no início do ano que vem vai definir quem será o escolhido.

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Eleição presidencial 

Além das disputas regionais, a federação também terá que se debruçar sobre seu posicionamento em relação à eleição presidencial de 2026. O PP, liderado pelo senador Ciro Nogueira, quer se alinhar ao candidato indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Já o União Brasil, embora tenha uma ala oposicionista, possui um cabo eleitoral de peso, o presidente do Congresso Davi Alcolumbre (AP) que advoga pelo apoio à reeleição o presidente Lula.

Segundo o senador Efraim Filho, líder do União Brasil no Senado, os dois partidos, que têm ministérios e cargos no executivo federal, vão se manter no governo e só vão discutir eleição em 2026. “O ano de 2025 é de garantir a governabilidade, e eleição só será discutida em 2026”.

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