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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

No Amapá, ninguém acredita na candidatura de Damares

Lideranças políticas do estado avaliam que o flerte da ministra com a vaga no Senado pelo estado foi só provocação a Davi Alcolumbre

Por Diogo Magri 11 mar 2022, 09h29

Em fevereiro, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro (PL), Damares Alves, lançou a ideia de se candidatar a uma vaga no Senado pelo Amapá. Evangélica, ela era cotada pelo próprio presidente para disputar o pleito em seis estados, inclusive em São Paulo, mas disse que o Amapá era o seu preferido. “Alcolumbre, tô chegando!”, declarou no dia 21 de fevereiro, em alusão ao senador Davi Alcolumbre (União Brasil), ex-presidente do Senado, que seria o seu adversário pela única vaga que estará em disputa no estado.

No entanto, essa foi a última vez que Damares tocou no assunto. No dia seguinte, cancelou em cima da hora uma viagem a Macapá, onde iria atrás de providenciar um domicílio eleitoral — segundo as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o candidato precisa ter residência no local onde irá concorrer até o dia 2 de abril.

Enquanto a ministra parece ter recuado, o clima no estado é de descrença. As principais lideranças políticas do Amapá não confiam que Damares sairá candidata por lá. Para eles, o flerte da bolsonarista foi uma provocação a Davi Alcolumbre, já que o senador acumulou rusgas como o governo Bolsonaro e com os evangélicos ao demorar para pautar o nome de André Mendonça, indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente, para ser sabatinado no Senado.

“Ela não teria a menor chance. Não tem partido, não tem chapa no governo e nunca fez nada pelo Amapá. O estado não aceita paraquedista”, declarou Lucas Barreto, senador pelo PSD-AP.

Charge amapaense que viralizou após as declarações de Damares -
Charge amapaense que viralizou após as declarações de Damares – (Reprodução/.)
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Segundo o senador, a única repercussão que o desejo de Damares teve no estado foi uma charge onde a ministra é recepcionada no aeroporto por vários indígenas empunhando um arco e flecha. Em 19 de janeiro, ela afirmou que “ama os indiozinhos do Amapá” — Damares adotou há mais de vinte anos uma criança indígena. “Acho que ela viu que não ia ter uma boa recepção e desistiu”, comentou Barreto.

Além disso, as chapas para as eleições amapaenses parecem estar definidas. Para o governo, os favoritos são o atual vice-governador, Jaime Nunes (Pros), e o ex-prefeito de Macapá, Clécio Luis (sem partido). Nunes conta com o apoio de Barreto, enquanto Luis é o preferido de Alcolumbre. No entanto, não há divisão de chapa no Senado, o que torna Alcolumbre muito favorito à única vaga em disputa.

“Apesar do Davi não apoiar meu governador, ele é nosso candidato no Senado. O estado não pode perdê-lo, porque foi quem mais fez pelo Amapá em 20 anos. E vai ganhar porque está muito na frente do resto”, argumenta Barreto.

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O terceiro senador do Amapá, Randolfe Rodrigues (Rede), tem mandato garantido até 2026, assim como Barreto. Randolfe ainda não divulgou qual chapa apoiará nas eleições do estado.

 

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