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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Nikolas repete fórmula do Pix em vídeo sobre anistia ao 8 de Janeiro

Deputado publicou post usando mesma estética e estratégia de comunicação e já alcançou 24 milhões de visualizações em um dia no Instagram

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 abr 2025, 18h18 - Publicado em 4 abr 2025, 11h04

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) lançou uma nova cartada na batalha que os bolsonaristas travam pela anistia aos condenados pelos ataques de 8 de Janeiro. Repetindo a mesma estética e estratégia de comunicação do vídeo do Pix — que aumentou a pressão que fez o governo federal recuar nas alterações das regras de fiscalização –, o parlamentar mineiro fez outro material que, em menos de 24 horas, já tem quase 24 milhões de visualizações apenas no Instagram.

A identidade visual é simples: o deputado aparece usando roupas pretas, em um fundo preto, convocando o espectador a se inteirar do assunto explicando os motivos pelos quais o tema na pauta (nesse vídeo mais recente, a anistia do 8 de Janeiro) deveria ser do seu interesse. Em seguida, ele faz uma comparação de efeito: relembra um episódio da campanha antirracista dos Estados Unidos, liderado por Martin Luther King, um símbolo mundial da luta pela igualdade, comparando-o com o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, autora da pichação “perdeu mané” feita com batom na estátua do STF.

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Uma publicação compartilhada por Nikolas Ferreira (@nikolasferreiradm)

Como mostrou reportagem da edição nº 2.937 de VEJA, a figura de Débora tem sido explorada por bolsonaristas como um símbolo da batalha pela anistia. Ela foi condenada a catorze anos de prisão e, na última semana, conseguiu a benesse de cumprir a pena em regime domiciliar por conta dos seus filhos. Enquanto aliados do ex-presidente bradam que ela foi condenada com mão de ferro apenas por um escrito com batom, a condenação, relatada por Alexandre de Moraes, pontua que ela se juntou voluntariamente aos golpistas que se deslocaram até Brasília com o objetivo de concretizar um golpe de estado.

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Depois de comparar um episódio da luta racial nos EUA com o caso de Débora, o vídeo de Nikolas enumera casos de outras pessoas que também estão presas por conta da sua participação no 8 de Janeiro e elenca episódios de manifestações protagonizadas pela esquerda que teriam ficado sem punição. “Dia 8 foi lamentável. Justiça é punir sem vingança”, diz o parlamentar no vídeo, que termina com uma convocatória para o ato que o ex-presidente Jair Bolsonaro chamou para o próximo domingo, 6 de abril, na Avenida Paulista.

Disputa para 2026

No horizonte dessas movimentações, está a disputa eleitoral de 2026. A anistia aos condenados do 8 de Janeiro pode beneficiar Bolsonaro, que pretende lançar sua candidatura à Presidência na pendência de recursos judiciais, apostando na chance de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa rever sua inelegibilidade. Na ocasião, a presidência e a vice-presidência da Corte estarão com os ministros Nunes Marques e André Mendonça, em quem a direita deposita esperanças de decisões a favor do ex-presidente.

A grande repercussão do vídeo do Pix, que bateu recordes de visualizações e contribuiu com a pressão sobre o governo para recuar, credenciou Nikolas a voos mais altos na política. Correligionários de Minas Gerais, seu estado de origem, não escondem o ânimo com uma candidatura sua à Presidência e articulam uma PEC para reduzir a idade mínima para disputar o cargo. Percebendo a movimentação, Bolsonaro manifestou incômodo e chegou a dizer, na época, que pessoas “de pequena idade” que estariam se lançando e “querendo resolver na lacração”.

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