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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Nas redes, bolsonaristas usam crise no Nepal para fazer ameaças ao STF

Insurgência que já deixou dezenas de mortos no país asiático viraliza no Brasil por meio de perfis ligados à direita, diz Democracia em Xeque

Por Heitor Mazzoco Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 set 2025, 13h09

A violenta crise política no Nepal, que já deixou ao menos trinta pessoas mortas e mais de mil feridas, virou artifício do bolsonarismo radical para inflamar apoiadores nas redes sociais contra o Supremo Tribunal Federal. Segundo o instituto Democracia em Xeque, perfis ligados à direita estão exaltando o caos no país asiático como uma resistência popular ao comunismo, forjando paralelos com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Segundo o relatório, a narrativa promovida pelos bolsonaristas relata um “levante indignado da geração Z contra o governo comunista que tentou censurar as redes sociais”, incitando a população brasileira a subir o tom contra integrantes do STF na internet. Na quarta-feira, 10, o ministro Flávio Dino acionou a Polícia Federal após receber “graves ameaças” pelas redes sociais, diversas delas citando o Nepal como “exemplo para o Brasil” — nos últimos dias, viralizaram imagens de ataques violentos contra autoridades nepalesas e incêndios a prédios públicos.

O Brasil é o terceiro país no mundo que mais publica nas redes sobre a insurgência no Nepal, atrás apenas de Índia e Estados Unidos, superando 86 mil posts em 24 horas (de 8 a 9 de setembro) e gerando 528 mil interações (entre visualizações, curtidas, comentários e compartilhamentos). Entre os principais impulsionadores do debate estão os deputados federais Bia Kicis (PL-DF) e Gustavo Gayer (PL-GO), o influenciador Paulo Figueiredo e o ex-juiz da Lava-Jato Marcelo Bretas.

EUA, Índia e Brasil tiveram maior citação sobre casos do Nepal nas redes
EUA, Índia e Brasil tiveram maior citação sobre casos do Nepal nas redes (Democracia em Xeque/Reprodução)
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De acordo com o relatório, as principais hashtags brasileiras associadas à crise no Nepal são #BrasilComBolsonaro, #SomosTodosBolsonaro, #ImpeachmentAlexandreDeMoraes e #SocialismoNuncaMais. O monitoramento foi relacionado entre os dias 8 e 9 de setembro no X (ex-Twitter).

Principais hashtags nas redes sociais, no Brasil, associadas à crise no Nepal
Principais hashtags nas redes sociais, no Brasil, associadas à crise no Nepal (Democracia em Xeque/Reprodução)

A estratégia dos radicais brasileiros “é uma tentativa de cortina de fumaça para o voto dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino durante o dia de hoje (terça-feira), como se observam nas hashtags que tentam vincular o tema com o julgamento que ocorre no STF”, diz trecho do estudo. As publicações destacaram também os ataques à Suprema Corte nepalense, aos ministros daquele país que foram agredidos e às bandeiras comunistas queimadas, como exemplo de ruptura legítima contra um regime opressor.

Vários ataques contra autoridades do Nepal foram registrados nos últimos dias. Rajyalaxmi Chitrakar, mulher do ex-premiê Jhalanath Khanal, morreu depois de a casa deles ser incendiada. “O Nepal atravessa um momento de grande turbulência social e política, cujo estopim foi a proibição de 26 mídias sociais no país. Segundo o governo, a proibição se deu pelo não cumprimento das exigências para funcionamento das empresas no país, que estaria tentando regulamentar a atuação das plataformas para evitar a propagação de discurso de ódio e ‘fake news'”, diz o relatório do Democracia em Xeque.

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