Na pandemia, Haddad e Lula perderam pontos na corrida ao Planalto
Ex-prefeito de São Paulo, que enfrentou Bolsonaro no segundo turno em 2018, chega a ficar em quarto, segundo levantamento exclusivo do Paraná Pesquisas
O PT, que chegou ao segundo turno da eleição presidencial de 2018 e foi derrotado por Jair Bolsonaro, viu o desempenho de seus dois mais prováveis candidatos – Fernando Haddad e Luiz Inácio Lula da Silva – perderem terreno na corrida presidencial para 2022, segundo levantamento exclusivo feito pelo instituto Paraná Pesquisas.
O pior retrocesso se deu com Haddad, que rivalizou com Bolsonaro há dois anos e obteve 44,87% dos votos válidos. Nas duas simulações de primeiro turno, seu desempenho caiu durante a pandemia, entre o levantamento feito em maio e o último, realizado entre os dias 22 e 26 de janeiro.
No primeiro cenário, Haddad aparece numericamente em quarto lugar, embora esteja empatado dentro da margem de erro de dois pontos percentuais com o segundo, Sergio Moro; o terceiro, Ciro Gomes; e o quarto, Luciano Huck. Seu percentual de voto foi de 15,4% para 11,7% entre julho de 2020 e janeiro deste ano.
Em outro cenário, ele aparece em terceiro lugar, mas também empatado com o segundo, Ciro; e o terceiro, Huck, dentro da margem de erro. No período, seu percentual de votos caiu de 14,1% para 9,5%.
Seu padrinho político, Lula, ainda garante a segunda colocação no único cenário em que é inserido, mas seu percentual recuou quase seis pontos no período – de 23,1% para 17,3%. O petista está impedido de concorrer porque foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa após ser condenado em segunda instância em processo da Operação Lava Jato – ele ainda tenta reverter a situação.
Já no segundo turno, Lula oferece algum risco à reeleição de Bolsonaro, ao aparecer menos de sete pontos percentuais atrás do adversário – tem 35,7% contra 42,4% do atual presidente