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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Na lista do trabalho escravo, primo de Caiado doa R$ 1,8 milhão ao União

Emival Caiado Filho entrou na ‘lista suja’ após fiscais encontrarem 26 trabalhadores em condições análogas à escravidão em fazenda no Tocantins, em 2010

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 jul 2022, 12h00 - Publicado em 14 jul 2022, 10h34

O União Brasil, partido mais rico do Brasil, acaba de receber uma doação milionária do pecuarista Emival Ramos Caiado Filho, primo do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e filho do ex-deputado e ex-senador Emival Ramos Caiado (1918-2004). Conforme o sistema de prestação de contas partidárias do Tribunal Superior Eleitoral, Emival Filho doou 1,84 milhão de reais ao partido, por meio de duas transferências eletrônicas efetuadas nas duas últimas semanas: 890.000 reais no último dia 7 de julho e 950.000 reais na segunda-feira, 11.

O montante milionário faz do primo de Caiado o doador mais generoso ao União Brasil até o momento, superando o empresário Rubens Ometto, do Grupo Cosan, que repassou 500.000 reais ao partido em abril. Formado a partir da fusão entre PSL e DEM, o União é a sigla que mais receberá recursos dos fundos para manutenção partidária e para custeio das campanhas eleitorais em 2022. Só do fundo partidário, o cofre da legenda recebeu 477 milhões de reais até o momento.

Mão aberta com o partido do primo, que disputará a reeleição em Goiás em outubro, o pecuarista está entre os empregadores incluídos na “lista suja” do trabalho escravo elaborada pelo Ministério do Trabalho a partir de condenações administrativas. Em janeiro de 2010, a fiscalização por auditores fiscais do Trabalho encontrou 26 trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma propriedade de Emival Caiado Filho na cidade de Natividade (TO), a fazenda Santa Mônica.

Entre as irregularidades atestadas em quinze autos de infração pelos fiscais estavam falta de água potável, alimentação escassa, alojamentos em condições insalubres e sem higiene, com ninhos de maribondo no teto, e utilização de barracas de lona. Segundo a inspeção, os trabalhadores também eram obrigados a comprar por conta própria lençóis, cobertores e travesseiros, além de instrumentos de trabalho.

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O pecuarista foi condenado administrativamente em outubro de 2014 a constar na “lista suja”, mas em 2015 conseguiu uma decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para suspender a inclusão de seu nome na relação do Ministério do Trabalho. A liminar foi derrubada no próprio STJ em 2021 e Emival Caiado Filho entrou na lista em junho do ano passado.

Em março de 2022, a Justiça do Trabalho em Dianópolis (TO) voltou a determinar a retirada de seu nome da “lista suja”, entendimento revogado em maio pela decisão de um desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10 Região (TRT10). O nome do primo do governador goiano voltou a constar na lista em 30 de maio.

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