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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

MPF abre investigação contra Kwai por financiar e disseminar fake news

Inquérito mira conteúdos falsos sobre as eleições de 2022, vacinação, Covid-19, registros de violência contra a mulher e perfis falsos de órgãos públicos

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 16h45 - Publicado em 19 jan 2024, 15h14

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo abriu uma investigação contra o Kwai, plataforma chinesa de vídeos, por causa da suspeita de que a big tech estaria encomendando, financiando e disseminando conteúdos falsos nos seus espaços virtuais. A suspeita do órgão é a de que esse movimento teria o objetivo de aumentar a audiência e a quantidade de usuários do aplicativo.

“Boa parte de sua audiência, no entanto, vem de material perturbador – que também é exibido, em algum grau, em outras redes sociais – mostrando, por exemplo, cenas de acidentes de trânsito (em alguns casos, com exposição do cadáver) e agressões brutais a mulheres”, diz a portaria que abre a investigação, assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão Adjunto em São Paulo, Yuri Corrêa da Luz.

O pontapé para abertura da investigação é uma denúncia que chegou ao MPF através do canal aberto à população. O documento aponta que, entre as irregularidades praticadas pela plataforma, estão indícios de que o Kwai teria contratado serviços de agências para produzir vídeos com informações falsas sobre vacinação, Covid-19 e as eleições de 2022. Na denúncia, também há o registro de funcionários que teriam confirmado a existência dessas transações e a resistência da plataforma em retirar vídeos que continham fake news.

Um trecho da denúncia encaminhada à Procuradoria diz, por exemplo, que apesar da plataforma ter dito à Justiça Eleitoral que colaboraria com a retirada de conteúdos falsos durante as eleições de 2022, da porta da empresa para dentro, a orientação era outra. “Os moderadores (funcionários da empresa) eram pressionados a manter os conteúdos no ar em nome da audiência”, diz o documento.

Perfis falsos de autoridades do governo e de celebridades, e a disseminação de conteúdos protegidos por direito autoral (como, por exemplo, os jogos da última Copa do Mundo) são outras frentes de investigação do MPF no caso. A denúncia afirma que foram identificados perfis do Senado Federal e do Tribunal de Justiça de São Paulo — entidades que não estão no Kwai.

O aplicativo só permite a veiculação de vídeos curtos, mais longos que os do Tiktok e mais curtos que os do Facebook. Hoje, a plataforma tem 640 milhões de usuários no mundo e 49 milhões no Brasil. O Kwai tem sede na China e é representado no Brasil pela Joyo Tecnlogia Brasil Ltda, uma importadora paulistana de conteúdos feitos pela internet aberta em dezembro de 2020. 

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