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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Moro será o próximo cassado’, aposta o ex-deputado Deltan Dallagnol

Ex-procurador faz prognóstico pessimista sobre o senador, com quem atuou na Lava Jato, após derrota no TSE

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2023, 08h56 - Publicado em 21 Maio 2023, 10h06

O ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve o registro de sua candidatura cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral na terça-feira, 16, o que resultou na perda do mandato de deputado federal que havia obtido na última eleição, disse que o próximo político da lista a passara pela mesma situação será o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que, como ele, foi um dos expoentes da Operação Lava Jato.

“A decisão do TSE deixou não só a mim, mas todo mundo perplexo. Embora eles (ministros do TSE) tenham dito que eu fraudei a lei, foram eles quem fraudaram a Constituição. E eu acredito que o próximo será o [senador Sergio] Moro, pois existe uma forte pressão por parte do sistema corrupto que me cassou e vai para cima do Moro”, afirmou.

Após a decisão unânime do TSE, Deltan pode recorrer ao próprio tribunal eleitoral, com embargos de declaração (as chances de reversão são remotíssimas), e também ao Supremo Tribunal Federal.

Para os julgadores da Corte eleitoral, Dallagnol não poderia ter pedido exoneração do Ministério Público Federal para se candidatar ao cargo de deputado, pois pesavam contra ele quinze processos administrativos que poderiam resultar em punição administrativa. Caso isso ocorresse, ele estaria enquadrado na Lei da Ficha Limpa. “O recorrido agiu para fraudar a lei, uma vez que praticou uma série de atos para obstar processos disciplinares contra si, e, portanto, elidir a inelegibilidade”, afirmou Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, após receber o caso da primeira instância. A cassação foi aprovada por unanimidade pelos sete ministros.

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