Michelle reclama de ter Fusca revistado pela PF à procura de Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) usou as redes sociais nesta quarta-feira, 10, para reclamar de uma revista que a Polícia Federal fez no dia anterior em seu Fusca, em busca do ex-presidente Jair Bolsonaro, com a intenção de impedir qualquer possibilidade de fuga dele da prisão domiciliar a que está submetido por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Vocês acham que, na frente de um Fusca — onde fica o estepe — cabe um homem de 1,85 [metro]? Pois bem, hoje, meu fusquinha foi para a oficina, e tivemos que abrir a frente só para conferir se o Jair não estava escondido lá! Do jeito que andam as coisas, daqui a pouco pedem até para abrir o porta-luvas. Vai que né?!”, escreveu Michelle no Instagram. Ela também incluiu um emoji de vômito ao lado da legenda — símbolo de desagrado e nojo utilizado nas redes sociais. A ex-primeira-dama também publicou uma foto do carro acima do texto, na qual ele aparece com as tampas da frente e de trás levantadas.

No domingo, 7, durante ato na Avenida Paulista, Michelle disse, com voz embargada, para uma multidão que se sentia humilhada diariamente pelas revistas que vinham sendo feitas no seu carro e em sua casa. As revistas e a presença da Polícia Federal próxima à residência dos Bolsonaro foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, por suspeitar que o ex-presidente poderia tentar deixar a prisão domiciliar e fugir do Brasil antes de possivelmente ser condenado por tentativa de golpe de estado para pedir abrigo na Argentina ou nos Estados Unidos.

Em uma operação recente, a PF encontrou no celular de Bolsonaro uma carta com um pedido de refúgio político ao presidente da Argentina, Javier Milei. O documento nunca teria sido enviado, no entanto. A PF também vem fazendo coberturas no perímetro da casa da família Bolsonaro, já tendo considerado, inclusive, a possibilidade do ex-presidente tentar pular o muro para fugir.

Também no discurso do último domingo, Michelle disse ser absurda a ideia de que um homem de mais de 70 anos e que vive com sequelas de uma facada poderia pular um muro para fugir da polícia.

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