Namorados: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Mesmo após derrotas e embate no Senado, Marina não cogita deixar o governo

Segundo interlocutores de seu partido, o Rede Sustentabilidade, ministra acredita que se manter na gestão ajuda a 'evitar um mal maior' na área ambiental

Por Pedro Jordão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 Maio 2025, 10h26

Mesmo após sofrer derrotas dentro do governo Lula e ser abandonada por parlamentares da base governista durante depoimentos no Congresso Nacional — sendo criticada dura e intensamente pela oposição sem que houvesse um contraponto –, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não cogita abandonar a pasta, segundo interlocutores do partido Rede Sustentabilidade ligados à ministra.

Em 2008, a ministra deixou o mesmo cargo após sofrer várias derrotas internas, principalmente em relação a grandes projetos de infraestrutura, como os de usinas hidrelétricas, que tinham o aval do governo Lula. “Descarte completamente a possibilidade de Marina Silva sair do Ministério do Meio Ambiente. Não existe isso no radar. Nem de longe é cogitado, nem internamente. A saída dela no outro governo Lula tinha um contexto político completamente diferente”, declarou uma das fontes.

A escolha da ministra passa pelo destaque da pauta ambiental no contexto internacional, no qual o presidente Lula faz questão de manter protagonismo e reforçar a parceria entre eles. “Ela vê o presidente Lula como grande fiador da pauta ambiental nesse contexto e reconhece um esforço e um empenho dele”, disse a fonte. “Para ela, isso é central. Não são coisas indissociadas, a agenda doméstica e a presença do Brasil no cenário internacional, nos fóruns globais e na perspectiva de uma agenda de transição para o mundo. Esse é um ativo na relação deles“.

No entanto, Marina Silva também entende que a pauta ambiental ainda deve sofrer outras derrotas — o que para ela não é uma questão pessoal, mas conjunta, da gestão Lula e do campo progressista –, já que o atual governo é formado, desde o início, por forças distintas e até antagonistas em alguns temas. “Ela acredita em Lula. E, numa correlação de forças desfavorável, o papel dela é trabalhar para evitar um mal maior, evitar derrotas maiores, mitigar danos. É melhor ela estar no ministério do que não estar”, avaliou um conselheiro político da ministra.

Nos últimos dias, Marina viu avançar o processo para autorizar a Petrobras a explorar petróleo na Bacia da Foz do Amazonas — atividade a que ela se opõe — e acompanhou também o Senado aprovar por larga margem várias mudanças que flexibilizam as regras de licenciamento ambiental.

Continua após a publicidade

Ainda assim, compreendendo a quebra-de-braço interna existente, Marina não se queixa em nenhum momento de que lhe falte apoio do governo, nem mesmo em conversas privadas com assessores e funcionários do Ministério do Meio Ambiente. Por outro lado, há membros da equipe dela que entendem que a agenda ambiental “tem sido fritada” e usada como moeda de barganha muitas vezes, principalmente no Congresso Nacional.

Na terça-feira, 28, a ministra abandonou uma sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado após ouvir do senador Plínio Valério (PSDB-AM) que ela “não merece respeito” — em mais um episódio em que pareceu estar isolada dentro do governo. Logo depois do incidente, a ministra foi até o outro lado do Congresso para se encontrar com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), junto com parlamentares ambientalistas. O objetivo era entregar um documento para convencer a Casa a não aprovar de pronto as novas regras do licenciamento ambiental que passaram no Senado. O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP), que a acompanhou nessa agenda, reforçou o que VEJA ouviu de assessores de Marina, que ela não fez qualquer menção a deixar a pasta depois das agressões que sofreu. Segundo ele, muito pelo contrário: Marina se mostrou empenhada em continuar batalhando pela questão do licenciamento.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.