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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Mesa da Câmara pede a suspensão de deputado do PL que ofendeu Gleisi

Representação ao Conselho de Ética assinada pelo presidente Hugo Motta afirma que Gilvan da Federal abusou de suas prerrogativas

Por Valmar Hupsel Filho 1 Maio 2025, 16h47

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados pediu a suspensão cautelar do mandato do deputado Gilvan da federal (PL-ES) por por um período de seis meses, por ofensas proferidas contra a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A representação, com a assinatura do presidente da Casa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), foi encaminhada ao Conselho de Ética, que tem quinze dias para analisar o caso.

O pedido foi protocolado na quarta-feira, 30, um dia depois de Gilvan protagonizar uma ferrenha discussão com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) durante sessão da comissão de Segurança Pública, que na ocasião recebia o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Lindbergh é namorado de Gleisi.

Durante a sessão, Gilvan citou um pseudônimo atribuído à ministra (“Amante”) que fora encontrado pela Polícia Federal nas planilhas da Odebrecht durante as investigações da Operação Lava-Jato e disse ser “um prostituta do caramba”. “Na época em que esse ex-presidiário [o presidente Lula] foi preso, eu estava na Polícia Federal, e chovia ataques à PF pelo pessoal do PT. Por exemplo, da senadora Gleisi Hoffmann. Hoje, elogiam a PF porque temos um diretor-geral petista. Na Odebrecht, existia uma planilha de pagamento de propina a políticos. Eu citei aqui o nome ‘Lindinho’ e ‘Amante’, que devia ser uma prostituta do caramba”, afirmou na ocasião.

A representação enviada ao Conselho de Ética afirma que o parlamentar “incorreu em condutas incompatíveis com o decoro parlamentar (…), ao proferir manifestações gravemente ofensivas e difamatórias” contra Gleisi, “em evidente abuso das prerrogativas parlamentares, o que configura comportamento incompatível com a dignidade do mandato”.

De acordo com a Mesa Diretora, “as falas do representado excederam o direito constitucional à liberdade de expressão, caracterizando abuso das prerrogativas parlamentares, além de, repise-se, ofenderem a dignidade da Câmara dos Deputados, de seus membros e de outras autoridades públicas”.

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Nesta quinta-feira, 1, a bancada feminina do PT na Câmara divulgou nota de repúdio às declarações e pede que Gilvan da Federal seja responsabilizado tanto no Conselho de Ética quanto na esfera criminal.  “A imunidade parlamentar não pode ser um escudo para a prática de crimes e a disseminação de ódio e misoginia”

No texto, as parlamentares lembram ainda que Gilvan já foi condenado pela Justiça Eleitoral por violência política de gênero. “Gilvan da Federal, parlamentar que já carrega a marca infame de ter sido condenado pela Justiça Eleitoral por violência política de gênero contra a deputada estadual Camila Valadão (PSOL-ES) — na aplicação da Lei nº 14.192/2021 —, repete com este novo ataque sua trajetória de ódio e desprezo pelas mulheres e pela própria democracia”.

Deputado já afirmou desejar morte de Lula

No início de abril, Gilvan da Federal, que é autor de um projeto de lei para desarmar a guarda pessoal do presidente da República, afirmou desejar a morte de Lula. “Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos”, afirmou na ocasião.

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Após pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que a PF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigassem se as declarações estão cobertas pela imunidade parlamentar, o deputado subiu novamente ao plenário, desta vez para pedir desculpas.

 

 

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