Marinho: PL quer potencializar acertos e não repetir erros do passado
A VEJA senador fala sobre estratégias do partido de Bolsonaro para vencer as eleições e consolidar-se como o estandarte da direita na política brasileira

Secretário-geral do Partido Liberal (PL), o senador Rogério Marinho (RN) recebeu a ambiciosa missão de coordenar as ações da legenda para as eleições de 2026 e transformá-la no estandarte da direita brasileira.
Como mostra a reportagem de VEJA desta semana, o dirigente tem dado tração a quatro grandes frentes de atuação.
Uma das apostas é a Academia Brasileira de Política Conservadora, plataforma que oferece cursos online e gratuitos para qualquer pessoa que se interesse por política. “O conteúdo define de que forma nós podemos nos posicionar com relação a assuntos que dizem respeito aos valores e ao programa que o PL defende”, diz Marinho. “O direito à propriedade, à vida, a família como cerne da estrutura da sociedade, um estado que sirva à sociedade, eficiente, moderno”, complementa o senador. A estimativa é que, apenas neste ano, a plataforma chegue a 80.000 alunos inscritos — hoje, são 8.000.
As outras iniciativas incluem seminários de comunicação, o Rota 22 — caravana que está percorrendo o país coletando sugestões para os principais problemas de cada região — e o chamado Projeto Brasil, protótipo do que deverá ser um plano de governo básico dos candidatos do partido no ano que vem e que pretende conquistar o eleitorado de direita.
“Se você perguntar ao eleitor qual é o partido que ele se identifica, o primeiro partido hoje é o Partido Liberal. E no polo oposto, é o PT. Os outros partidos são praticamente residuais. É claro que existem partidos fortes, de centro, partidos robustos, mas que não têm identificação partidária junto o eleitor, como têm esses dois partidos”, defende Marinho.
Para o senador, é necessário um trabalho de autocrítica e de revisão do governo Bolsonaro para que a legenda volte a ser vitoriosa na disputa à cadeira da Presidência da República e na ampliação dos assentos no Congresso.
“Queremos potencializar nossos acertos e não repetir os nossos erros do passado”, diz. ” É necessário se revisitar o governo [Bolsonaro] e verificar qual foi a política pública que não conseguiu ter essa conectividade com a sociedade de tal maneira que ela, a sociedade, pudesse avalizar o nosso trabalho, renovando o mandato do presidente Bolsonaro”, diz.
Assista aos principais trechos da entrevista.